É muito importante que as crianças entendam que a educação financeira não se resume a um simples método de ensino para cortar despesas do orçamento.
Educação financeira é um conjunto de ações que vai proporcionar uma relação equilibrada com o dinheiro.
Para alcançar esse equilíbrio, os professores de educação financeira Mirna Borges e Carlos Eduardo Costa explicam que é de extrema importância que as crianças aprendam a ganhar, gastar, poupar e doar.
Ganhar
A lei da oferta e da procura também predomina quando se trata de presentear uma criança. Os educadores afirmam que é de suma importância entender que, na percepção de quem recebe, quanto mais algo é dado, menos valor possuirá.
Por isso, ao ensinar uma criança, valores de busca, luta e conquista devem ser repassados.
Gastar
“Temos desejos ilimitados e recursos limitados”. Basada nessa premissa, a educadora Mirna Borges comenta sobre a importância de aprender, desde pequeno(a), sobre o valor de cada recurso e qual a equivalência entre dinheiro e produtos.
Poupar
Segundo o professor Calor E. Costa, desde o nascimento toda criança está sujeita a ter regalias durante sua fase de crescimento. Entretanto, é preciso saber lidar com a ausência, pois, somente com ela é possível aprender a contornar situações de dificuldade.
Doar
A questão da doação existe no princípio de “Fazer o bem, sem olhar a quem”, mas vai muito além disso. É importante que a criança desenvolva naturalmente habilidades de comunicação e, com isso, possa estabelecer sua própria rede de contatos.
Desta forma, a criança começa a desenvolver confiança em seus semelhantes e passa a reconhecer também seu próprio valor na sociedade.
A ausência de educação financeira no Brasil
Segundo uma pesquisa realizada pelo Ibope, apenas 21% dos internautas brasileiros tiveram acesso a educação financeira enquanto eram crianças.
O estudo também aponta que, dos que tiveram acesso à educação financeira, apenas 55% buscam repassar seus conhecimentos sobre finanças e debater temas relacionados a orçamento com seus filhos.
A estatística deixa claro que o descontrole financeiro, que tem como motor primário a falta de educação financeira, reverbera em enormes transtornos para pessoas, famílias, empresas e, consequentemente, para o país.