Para obter maior rentabilidade nos investimentos e assim conseguir honrar os compromissos futuros, os administradores dos fundos de pensão precisam aplicar parte dos recursos (contribuições dos participantes e da patrocinadora) no mercado financeiro. São vários tipos de aplicações e cabe aos gestores determinar quais são as melhores, as mais adequadas ao perfil de cada plano e as mais rentáveis.
Uma das preocupações dos administradores nessa escolha é ter o máximo de controle possível sobre os riscos a que estão sujeitas as aplicações feitas no mercado financeiro. É tarefa dos gestores mapear situações que possam resultar em perdas e se organizar para minimizar possíveis prejuízos.
Sempre que tomamos alguma decisão, é natural pensarmos no resultado desejado, imaginarmos as dificuldades que encontraremos pelo caminho e as alternativas que teremos para evitá-las ou superá-las. Quando fazemos isso, estamos fazendo uma gestão de riscos. Gerir riscos faz parte do cotidiano das empresas e das pessoas.
Cada empresa, de acordo com a sua cultura, valores, processos, sistemas e modelo de gestão está sujeita a vulnerabilidades e fragilidades diferentes. Os controles, portanto, serão diferentes para cada uma e devem ser analisados pensando também nos riscos presentes no ambiente interno da organização.
Riscos não são necessariamente ruins. Normalmente, quanto maior o risco, maior a possibilidade de retorno. O objetivo do gerenciamento de riscos não é eliminá-los, mas entendê-los, para assim conseguir se beneficiar com os seus aspectos positivos e minimizar os aspectos negativos.
Na prática, a gestão de risco consiste em desenvolver processos, políticas e metodologias que permitam conhecer os possíveis riscos envolvidos em determinadas ações e estabelecer medidas para minimizar os seus efeitos sobre os resultados (mitigar riscos).
Saiba mais sobre os principais riscos aos quais estão sujeitos os investimentos de um fundo de pensão a seguir.
Risco de mercado:
Pode ser definido como o risco de perdas de valores nas aplicações em decorrência das flutuações do mercado financeiro. Entre todos os riscos, esse parece ser o mais difícil de ser controlado, pois os retornos esperados para um investimento podem variar em decorrência de diversos fatores, como alterações nas taxas de juros e de câmbio, queda no preço das ações, entre outros.
Risco de crédito:
É a possibilidade de ocorrerem perdas resultantes do não recebimento de valores contratados em decorrência problemas econômico-financeiros da instituição/fundo com o qual se negocia.
Risco de liquidez:
No caso dos fundos de pensão, o risco de liquidez consiste na dificuldade em vender os ativos que compõem a carteira do fundo para atender a seus compromissos. Um fundo deve controlar os seus fluxos de pagamentos de modo que as aplicações tenham uma liquidez compatível com os vencimentos das obrigações.