Existe possibilidade do dinheiro em papel ser extinto?

A redução do uso de dinheiro impresso afeta a economia

A predominância dos pagamentos por meio digital até mesmo em locais que possuíam políticas antigas de pagamentos é uma tendência inevitável.

Segundo o portal da Febraban, que disponibiliza informações sobre economia e organização financeira, os recursos de pagamento digital tiveram disparos de uso no ano de 2022. Em março, o PIX alcançou crescimento exponencial, chegando a ser utilizado cerca de 25 vezes mais em relação a novembro de 2020, quando foi lançado.

Entretanto, há muito já se via que o público optava por pagamentos digitais, até mesmo em compras simples e cotidianas. Dos anos de 2018 a 2021, foi possível registrar a queda de 50% do número de pessoas que costumam optar por cédulas na hora de realizar algum pagamento. Além disso, informações fornecidas pelo Banco Central do Brasil afirmam que apenas 3% do dinheiro está disponível de forma impressa. Em contrapartida, aproximadamente R$9 trilhões são depositados e negociados por plataformas digitais.

A extinção 

Dia após dia, a quantidade de dinheiro impresso em circulação diminui.

Além disso, o Banco Central do Brasil anunciou uma nova moeda que deve ser lançada a partir de 2024, o Real Digital. 

Todavia, especula-se que já em 2023 algumas versões começarão a circular pelo país. Grandes organizações como Febraban, Santander e Itaú serão responsáveis pela distribuição e fiscalização dessas primeiras versões da moeda em circulação.

O que esperar para o futuro?

Formulado em 2020,  o projeto de lei (PL) 4068/2020 da Câmara dos Deputados, prevê extinguir o papel-moeda no Brasil. A proposta é que as notas de R$ 50 sejam proibidas até um ano após a aprovação dele e que as demais células sejam extintas em até cinco anos.

Ainda em tramitação, o PL pode ser um indício de que a impressão de dinheiro do país está em vias de acabar.