Com o passar dos anos, a tecnologia evoluiu em suas tendências e adentrou de maneira irreprimível na vida de incontáveis pessoas. Hoje, por exemplo, é praticamente impossível visualizar o cenário de um mundo sem comunicações praticamente instantâneas.
Como consequência disso, as pessoas se tornaram reféns dos pequenos momentos que ocorrem entre uma ação individual e a reação de um público alvo.
Este fenômeno é chamado de cultura do imediatismo e foi popularizado quando o professor Douglas Rushkoff, da New School University de Manhattan, apresentou-o pela primeira vez em seu livro “Choque do presente: quando tudo acontece agora”.
Mesmo que você não tenha reparado, a cultura do imediatismo afeta diversas áreas da sua vida. A seguir, você verá os sinais do imediatismo e como ele pode se tornar um inimigo para sua saúde financeira:
Escolher precipitadamente
Em uma matéria publicada pelo portal do Instituto de Psiquiatria Paulista, Fátima Vasconcellos, membro da diretoria da Associação Brasileira de Psiquiatria, afirma
que a necessidade imediatista de adquirir bens materiais é resultado da carência em auto satisfação, que, por sua vez, pode ser brevemente saciada através de pequenas recompensas momentâneas no presente.
De maneira resumida, pode-se dizer que a cultura do imediatismo condena as pessoas a buscarem bens materiais que não oferecem nenhuma utilidade para uma necessidade real.
Se frustrar
Graças às compras constantes e sem sentido, todos os que sofrem com a cultura do imediatismo tendem a se frustrar com os bens materiais que adquirem, pois rapidamente percebem que eles não agregam valor verdadeiro em nada, servindo apenas para remediar algum tipo de vazio.
Desejar tudo ao mesmo tempo
A longo prazo, por estarem constantemente presas ao presente, pondo todos os eventos do passado de lado e esquecendo completamente as complicações com o futuro, muitas pessoas possuem dificuldade em definir necessidades e enumerar prioridades. Em um efeito cascata, essas pessoas começam a desenvolver hábitos de consumo compulsivo, que resultam em um fundo poço de dívidas.
Como em um ciclo, quem sofre com esse transtorno tende a repetir os processos de errar ao escolher, se arrepender por errar e, novamente, tentar suprir a falta de algo com um bem material.
Como combater a cultura do imediatismo?
Estudiosos recomendam que todos, não somente os que sofrem com os transtornos consumistas, reduzam o tempo de uso das redes sociais, pois o bombardeamento de informação e a falsa competição entre os usuários são os fatores que mais incitam a cultura cíclica do imediatismo.
Para os que já sofrem desse distúrbio, é recomendado a eliminação das ferramentas que facilitam na hora do consumo, como por exemplo os cartões de crédito e contas em aplicativos de banco.