O mês de outubro é inteiramente dedicado à conscientização e discussão de medidas preventivas contra o câncer de mama.
Estima-se que, no Brasil, ocorram, aproximadamente, 66.280 casos da doença por ano, uma média de 43,45 a cada 100.000 mulheres, de acordo com as informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Considerado o maior causador de mortes por câncer nas mulheres brasileiras, o câncer de mama é uma doença que pode ser identificada ainda no começo, por meio do autoexame.
O sintoma mais comum é o aparecimento do nódulo. Em geral, ele é indolor, irregular e duro ao toque, entretanto, há registros de tumores de consistência macia, redondos e bem definidos.
Portanto, se você observou o aparecimento de qualquer tipo de nódulo nas mamas ou axilas, vale a pena investigar.
De ocorrência gradual, a partir do aparecimento do nódulo, mulheres diagnosticadas com a doença também podem apresentar sintomas como a inversão do mamilo, secreção papilar, dor e retração cutânea, levantando a premissa de que, se houver alguma alteração, é sempre bom visitar o ginecologista.
Além do autoexame, a mamografia periódica é altamente indicada para a prevenção do câncer de mama: segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), se a população elegível para o exame, ou seja, mulheres a partir de 40 anos, na menopausa, ou aquelas que têm parentesco direto com outras mulheres que tiveram câncer de mama (mães, tias e avós), fizessem mamografias preventivas regularmente, a taxa de mortalidade da doença cairia entre 15% e 20%.
Por isso, PREVINA-SE!
O diagnóstico precoce salva vidas.
Aprenda a fazer o autoexame
Para realizar a pesquisa em seu seio, você pode optar por ficar em pé, sentada com postura ereta ou deitada.
Ao escolher a posição mais confortável, siga as seguintes instruções e, caso você sinta um nódulo, não se desespere e visite um ginecologista.
Em frente ao espelho:
- Observe os dois seios, primeiramente com os braços caídos;
- Coloque as mãos na cintura fazendo força;
- Coloque-as atrás da cabeça e observe o tamanho, posição e forma do mamilo; e
- Pressione levemente o mamilo e veja se há saída de secreção.
Em pé (pode ser durante o banho):
- Levante seu braço esquerdo e apoie-o sobre a cabeça;
- Com a mão direita esticada, examine a mama esquerda;
- Divida o seio em faixas e analise devagar cada uma dessas faixas. Use a polpa dos dedos e não as pontas ou unhas;
- Sinta a mama;
- Faça movimentos circulares, de cima para baixo; e
- Repita os movimentos na outra mama.
Deitada
- Coloque uma toalha dobrada sob o ombro direito para examinar a mama direita;
- Sinta a mama com movimentos circulares, fazendo uma leve pressão;
- Apalpe a metade externa da mama (é mais consistente);
- Depois apalpe as axilas; e
- Inverta o procedimento para a mama esquerda.
Fonte de instruções: Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Freitas, Fernando; Menke, Carlos Henrique; Rivoire, Waldemar Augusto; Passos, Eduardo Pandolfi.Patologia Benigna da Mama. In: Rotinas em Ginecologia. P- 533-534. 2011. 6ª Edição.Editora Artmed. Porto Alegre-RS
Previna-se. Sua saúde é o que mais importa.