O movimento Outubro Rosa já é conhecido entre os brasileiros. Trata-se de um evento anual, com adesão mundial, que tem como objetivo a conscientização e o estímulo à luta contra o câncer de mama e o seu diagnóstico precoce em mulheres.
Ele é relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente especialmente após os 50 anos. Segundo o Ministério da Saúde, foram estimados para o ano de 2018, 59,7 mil novos casos da doença no Brasil. Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros não.
A conscientização da mulher brasileira, quanto à importância do autoexame das mamas e a descoberta precoce do tumor, cresce à medida que a doença é desmitificada. Quanto mais se fala a respeito, mais natural se torna a busca por ajuda e prevenção. Porém, mesmo após todo progresso conquistado, estar diante de um diagnóstico de câncer de mama traz muitas questões à tona e é preciso estar preparada para encará-las.
A importância da independência financeira
Viviane Ferreira tem um currículo respeitável, é palestrante e consultora financeira e possui experiência em definição de estratégias de investimentos pessoais. Porém, uma de suas maiores realizações profissionais está ligada também as suas vivências após a descoberta de um câncer de mama, há cerca de 10 anos. A maneira como Viviane enfrentou a doença, e venceu, rendeu o lançamento do livro Vivificar, superando o imponderável.
“Descobri o primeiro diagnóstico de câncer de mama aos 35 anos, pelo autoexame. Estava com a consulta marcada para fazer a mamografia quando senti o nódulo. O câncer estava um pouco avançado, com 2,6 cm e atingiu 5 gânglios linfáticos”, explica.
A partir desse momento, a vida da consultora financeira passou por muitas mudanças. Quando teve conhecimento do diagnóstico, ela era casada e sua filha tinha três anos. "Foi difícil para todos enfrentar a cirurgia, o tratamento e a perda de cabelos. Mas eu usei uma peruca bem bonita, dessas tipo prótese. Mas durante todo o processo de descoberta e cura percebi que meu casamento não ia bem e assim que o tratamento terminou pedi o divórcio", relata.
Viviane afirma que o que a impulsionou e deu suporte para tomar essa decisão em um momento tão delicado, além dos amigos, da família e terapia, foi o fato de ter reservas financeiras e saber cuidar do seu dinheiro.
A batalha de Viviane contra o câncer não terminou por aí. "Em um exame de rotina, recebi outro diagnóstico. A ressonância magnética mostrou que o segundo câncer estava bem no comecinho. Com menos de 2 milímetros. Mas tive que fazer cirurgia e quimioterapia".
Ela afirma que enfrentar a doença novamente, cinco anos depois, foi completamente diferente principalmente por ter o apoio do seu companheiro. "Casei novamente e tenho um marido que realmente me apoiou e cuidou de mim quando necessário. Não quis usar perucas, usei lenços bem coloridos". Durante a quimioterapia ela recorreu a outros tipos de terapia – como o reiki e radiestesia –, o que a ajudou a ter menos enjoos e mais energia durante o tratamento.
Mudando vidas
Durante a quimioterapia, no segundo câncer, Viviane perdia o sono durante a madrugada com muita frequência: “acordava com vontade de escrever e colocar meus sentimentos no papel. Eu precisava exorcizar meus fantasmas e entender o que estava acontecendo”.
Felizmente o câncer teve cura. Assim que o tratamento foi finalizado, Viviane descobriu que sua depiladora tinha descoberto que também estava com a doença. Nesse momento, ela viu em seus textos uma maneira de oferecer suporte. “Percebi que o que eu tinha escrito poderia virar um livro e ajudar outras pessoas. Tive uma intuição muito forte de que compartilhar minhas histórias com as pessoas as ajudaria de alguma forma, mesmo que eu não soubesse como, sem contar que também seria importante para minha cura”, conta.
A consultora financeira abraçou o desafio como uma missão e decidiu que só faria o que estava se propondo a fazer, se fizesse bem-feito, de forma que realmente impactasse as pessoas. "Fui para os EUA fazer um curso da escrita para esse tipo de livro com a editora Hay House. Percebi que precisaria divulgar o livro com palestras, também fiz diversos treinamentos para ministrar palestras de impacto".
A partir daí os caminhos foram levando Viviane para viver intensamente o que tinha se proposto a viver.
No ano seguinte a descoberta do segundo diagnóstico, uma amiga, que é gerente de Recursos Humanos, a convidou para fazer uma palestra devido a ações ligadas ao Outubro Rosa na empresa em que trabalha. "Fiz, fiquei muito feliz e grata, além de perceber o impacto da minha palestra na vida das pessoas".
Nesse período, ela também participou do grupo Convida, no Hospital Albert Einstein, formado por profissionais, familiares e pacientes para ajudar outros familiares e pacientes. Pelas próprias mídias sociais, também postava algumas informações de prevenção, cuidados e direitos dos pacientes.
Oportunidades e planejamento financeiro
“No primeiro diagnóstico, o câncer me fez perceber que meu casamento não ia bem, eu precisava mudar aquela situação em minha vida e até mostrar para minha filha que temos essa opção – podemos escolher ser felizes. No segundo diagnóstico, tive a possibilidade de entrar em contato com sentimentos profundos que eu não tinha acessado antes, me trazendo essa cura e expandindo para levar essa cura a outras pessoas”, relembra.
Mesmo com o turbilhão de sentimentos negativos que o tratamento de um tumor pode trazer, a escritora não deixou de perceber as experiências positivas que viveu nesse período. “Tenho conhecido pessoas incríveis. Até mesmo a Nathalia Arcuri, me aproximei dela por causa da campanha do Outubro Rosa no ano passado e depois tive a oportunidade de desenvolver muitos trabalhos com ela e virei articulista do blog Me Poupe!”.
Unindo dois mundos, o trabalho com finanças e a sensibilidade de quem agora consegue dialogar com mais empatia e proximidade com mulheres diagnosticadas com câncer de mama, Viviane é clara: “sem planejamento financeiro tudo seria muito mais difícil. Pude escolher, por exemplo, o médico que fez minha cirurgia, o que me trouxe muita segurança e tranquilidade. O hospital foi coberto pelo plano de saúde, mas o médico e a sua equipe foram pagos por mim, o plano de saúde reembolsou 15% somente. Foi muito importante poder fazer duas sessões por semana de terapia com um psicólogo. Inclusive foi isso que me possibilitou enxergar o que realmente estava acontecendo em minha vida, e a relação nociva em que eu estava", desabafa.
Além de ter que lidar com os sentimentos que um tratamento, por vezes agressivo como esse, traz para o corpo feminino, ter que pensar em como arcar com os custos ligados a ele pode ser mais um motivo de chateação. “Nas palestras de Outubro Rosa e no Dia Internacional da Mulher, sempre trago a importância das finanças equilibradas para ser plena e saudável. Eu pude comprar uma peruca para me sentir melhor, pagar o remédio que diminui os enjoos, pude pedir o divórcio e me mudar com conforto com minha filha. Já recebi muitas mulheres dizendo que querem a separação, mas que não o fazem porque não tem estabilidade financeira. Viver uma vida infeliz é muito triste, pois ela é muito curta para isso”, alerta.
Vivificar
Vivificar significa renascer, dar vida a, ressuscitar dentro da própria vida. Transformar o pensamento atual. “Quando temos uma grande dor, somos obrigados a mudar e podemos mudar nosso pensamento sobre tudo. Até a dor e as finanças podem ser “ressignificadas””, explica a autora.
O primeiro livro de Viviane, Vivificar, superando o imponderável, traz o método que explica esse processo emocional que a autora aplica em sua vida permanentemente.
O método propõe a humanização das finanças e é o mesmo utilizado com seus clientes em suas consultorias financeiras. Recentemente, ao desenvolver o curso online, a autora ampliou o método integrando com a área financeira e surgiu o método Vivificar para Enriquecer, que é um projeto para um futuro livro.
O Vivificar, superando o imponderável estará disponível para ser baixado gratuitamente (e-book), entre os dias 27 a 30 de outubro, na Amazon. Basta clicar aqui.
Confira agora as nove etapas do método Vivificar: