Talvez você nunca tenha ouvido falar na regra dos 4%, mas precisa pensar nela agora mesmo porque tem tudo a ver com seu futuro. Afinal, quando você se aposentar, terá que viver com uma renda, que pode ser a mesma ou menor que a atual. O que determinará o montante será a economia feita em vida.
O que é a regra dos 4%?
Esse conceito foi sugerido por William Bengen e divulgado em 1994 no Journal of Financial Planning. Nem sempre é o método de análise mais utilizado para a aposentadoria, mas pode ser uma boa alternativa para o momento atual, como veremos em seguida.
O importante nesse contexto é saber que essa regra prevê que você deve resgatar 4% do total de seu patrimônio no primeiro ano de aposentadoria e viver dele durante todo o período.
No próximo intervalo de 12 meses, a ideia é resgatar a mesma quantia acrescida da inflação e viver dessa forma. E assim consecutivamente por 30 anos.
Um exemplo simples seria o acúmulo de R$ 1 milhão. Nesse caso, você poderia utilizar R$ 40 mil no primeiro ano, o que resultaria R$ 3,33 mil mensais. Parece pouco para você? Na verdade, não é, até mesmo porque é um complemento das previdências social e privada.
Além disso, o contexto econômico pode ser diferente e você pode se beneficiar.
Quando Bengen sugeriu a ideia ele utilizou uma remuneração anual de 5,2% na renda fixa e de 10,3% na bolsa de valores.
Para Bengen, o objetivo era que renda fixa e ações tivessem uma distribuição de 50%. Com isso, o rendimento seria 5,2% acima da inflação, o que representa 128% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Quais cuidados são necessários?
Apesar de essa regra ser utilizada no mundo todo em vários contextos, é preciso garantir que essa norma seja válida para o seu caso. Como o patrimônio é construído com base na renda fixa e variável, a chance de perdas é significativa. Por isso, é preciso cuidar com os riscos que cercam essa prática.
A previdência privada, que faz parte da renda fixa, é outra medida viável, porque assegura uma boa aposentadoria e mais tranquilidade financeira.
Assim, pensar na regra dos 4% é bastante interessante, não é mesmo? Agora você já sabe como calcular e pode começar e economizar.