Corte radical de gastos pode gerar "efeito sanfona"

Assim como na dieta, a solução é a reeducação

Você já deve ter ouvido falar no famoso “efeito sanfona”. Ele é utilizado para definir o fenômeno que ocorre com pessoas que perdem peso quando adotam dietas rígidas e engordam novamente quando retornam à alimentação normal. Na vida financeira, o termo refere-se às pessoas que cortam gastos radicalmente mas, algum tempo depois, retornam às dívidas.

Economizar é uma necessidade de muitas pessoas. Especialistas apontam que o indicado é ter uma reserva de emergência correspondente a seis meses de gastos. Contudo, cortar todos os gastos de uma vez não é o melhor caminho e o ideal é agir com cautela.

Livrar-se de dívidas e ter uma vida financeira saudável é um processo que leva tempo e paciência. Uma estratégia interessante é traçar metas. Se, todos os meses, a fatura do cartão de crédito chega a um valor alto, essa forma de pagamento pode ser reservada para emergências ou compras devidamente planejadas.

Primeiramente, é preciso cortar gastos desnecessários, como assinaturas de serviços de streaming não utilizados ou mensalidades na academia não frequentada.

Caso haja a necessidade de reduzir despesas com lazer e passatempos, por exemplo, o indicado também é fazer esse corte de forma mais branda e diminuir, por exemplo, a frequência das refeições feitas fora de casa ou as idas ao cinema.

Quando os gastos são cortados radicalmente, o resultado no fim do mês pode ser perceptível. Esse é um bom sinal, mas não significa que as contas estão organizadas. É preciso avaliar, por exemplo, durante quanto tempo será possível manter as atividades cortadas fora do orçamento.

Ao perceber os resultados com o dinheiro que sobrou no fim do mês, é imprescindível atentar para o uso desse montante. Se ele for utilizado com gastos que, antes, foram, cortados, ocorrerá o efeito sanfona nas finanças.

Para evitar que isso aconteça o aconselhável é ficar de olho nas finanças frequentemente. Alguns sinais podem indicar recaída e devem ser evitados, como: utilizar a reserva de emergência sem estar em emergência; entrar no cheque especial; não conseguir pagar a fatura do cartão de crédito; ou até mesmo pedir dinheiro emprestado.

Tags: Corte de gastos economias

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