É possível investir em ouro e prata sem desembolsar muito

Considerados investimentos mais seguros, os metais são opções mais confiáveis em tempos de economia inconstante

Passando por anos de insegurança, a economia mundial enfrenta impactos diários causados pela pandemia do coronavírus. Governos precisam desprender grandes incentivos à cidadãos e créditos para empresas devido à impossibilidade de movimentação de rendas graças aos inúmeros esforços na readaptação social para controlar a disseminação do vírus.

A perspectiva é de que o aumento de circulação de dinheiro nos programas de incentivo e a redução constante de juros, ocasione inflação no mercado futuramente: embora não haja uma previsão exata, a injeção de quantias muito superiores às habituais sem acompanhamento equilibrado na taxa de juros, pode deixar o mercado inconstante nos anos que virão. Segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional) já é superado o valor de U$ 10 trilhões em todo o mundo no auxílio financeiro a pessoas e companhias.

Neste contexto, optar pela compra dos metais ganha foco pela segurança que oferece: são ativos considerados como reservas de valor.

Veja a seguir os principais pontos sobre o investimento em cada um dos metais:

Prata

A prata é considerada uma poderosa reserva de valor no mercado financeiro atual. É uma boa opção para proteger a carteira das oscilações do mercado. Heterogênea, tem valor agregado e é negociada nas bolsas de Nova York e Londres.

No Brasil, não possui um mercado de investimento consistente, sendo possível apenas a compra de ativos físicos em barras de prata 999 (99,99% puras). Há produtos financeiros no país que investem neste metal no mercado exterior, contudo, mediante custos e alguma burocracia, o que precisa ser bem calculado pelo pequeno investidor.

Conta com movimentação de valor no COE (Certificado de Operações Estruturadas), uma aplicação que reúne renda fixa à renda móvel e dá ao investidor uma certa garantia de que não perderá mais do que a aplicação inicial.

Na indústria, está atrelada a atividades econômicas em alta expansão, não sendo somente utilizada para reservas de valor ou joalheria.

Segundo a Silver Institute, 45% da utilização comercial do metal vai para a produção de eletrônicos, o que lhe assegura um amplo mercado promissor.

É atualmente cotada a U$ 25 a onça troy.

Ouro

O metal já é um investimento consolidado como reserva a muitas décadas, contudo, no ano de 2020 bateu seu recorde histórico pela movimentação de mercado: U$ 1944 a onça troy. A elevação é uma clara resposta ao aumento na compra de ativos pelo mundo.

Dedicada praticamente à reserva de valor e joalheria, o metal tem valor sólido e negócios na Bolsa no Brasil, além da opção de ativo físico que, devido à valorização, é de guarda mais arriscada.

Como conta com alta estabilidade de mercado, é possível ainda investir por meio de fundos de capital de instituições financeiras e bancos com proteção de queda, reservados a investidores que optam por taxas de manutenção e interferências na rentabilidade.

Considerado um recurso natural finito, o valor do metal não sofre quedas em relação a declínios econômicos de governos.

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