De acordo com a edição mais recente do Global Financial Stability Report, em um número cada vez mais crescente, investidores de todo o mundo têm examinado fatos para muito além da análise financeira tradicional ao decidir onde aplicam seu dinheiro.
Focado na relação sutil entre as finanças mundiais e a sustentabilidade, o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem considerado, em análise consistente, a estabilidade financeira futura com base em temas ambientais e a medida tornou-se popular entre acionistas.
Incorporando princípios de sustentabilidade, causas sociais e relacionadas à governança, o FMI passa, cada vez mais, a restringir a tomada de decisões corporativas ao ASG, programa de princípios socioambientais definidos pelo Fundo e a influenciar o mercado financeiro global.
Os temas são os mais variados: mudanças climáticas causadas por empresas e países, poluição generalizada e a falta de políticas de controle nesse sentido, práticas trabalhistas inadequadas, como a exploração infantil e a insalubridade, a privacidade do consumo e a análise do comportamento corporativo competitivo.
Apesar de parecerem extremamente atuais, levando em conta o desgaste exponencial enfrentado pelo planeta, estes fatores são pauta no mercado financeiro por 30 anos.
A emergência ambiental da atualidade deu o impulso que faltava à iniciativa.
A emissão de títulos verdes é, agora, um referencial
Diversos setores envolvidos no investimento global tornaram-se insustentáveis à medida que o programa de ASG passou a progredir.
Em outros momentos da história, a perspectiva negativa de inúmeras ações condenáveis era ignorada e a conduta permanecia. Entretanto, a gestão de risco mais ativa forçou corporações inteiras a procurarem maneiras de se adequar aos princípios dos novos padrões de investimento e estabilidade financeira com foco na sustentabilidade.
A nova abordagem, nos remete à lembrança do velho provérbio indígena que, há séculos, explicita a constante negligência da humanidade em relação ao seu habitat natural:
“Somente quando for cortada a última árvore, pescado o último peixe, poluído o último rio, que as pessoas vão perceber que não podem comer dinheiro.”
Defender a vida na terra depende de todos.