Depois de um forte período de valorização dos preços dos imóveis, algo que perdurou durante os últimos anos da década anterior e foi até meados de 2012, o mercado imobiliário, a partir de então, passou por um desaquecimento considerável. Nesse último período destacado, houve queda do valor dos aluguéis e do valor de mercado dos próprios imóveis.
No entanto, desde o início de 2017, o mercado vem dando sinais de tímida recuperação, levando especialistas a apontarem para uma volta por cima ainda em 2018. Frente a esse cenário, muitas dúvidas têm surgido quanto às principais vantagens e desvantagens de destinar algum capital para a aquisição de imóveis.
Pensando nisso, traremos uma análise sobre as perspectivas para investimento em imóveis para os próximos períodos. Abordaremos as dimensões de risco e os principais sinais de recuperação do mercado. Acompanhe!
Recuperação do mercado imobiliário
Alguns números observados desde o início de 2017 apontam para uma incipiente recuperação de todo o mercado imobiliário. Alguns relatórios da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) dão conta disso. Confira alguns dados:
- em 2017, foram lançados mais de 73 mil empreendimentos imobiliários em todo o país. Esses números podem ser comemorados, pois representam um crescimento de quase 15% em relação ao ano anterior, 2016;
- segundo o mesmo relatório, o ritmo de vendas de unidades imobiliárias também cresceu, com aumento de 20% em 2017 em relação a 2016;
- na cidade de São Paulo, território que concentra parte significativa do capital imobiliário do país, em 2017, os lançamentos de novas habitações cresceram 11% em relação a 2016.
Somada a esse quadro, tivemos uma queda significativa da taxa básica de juros, o que tornou os financiamentos imobiliários um pouco mais acessíveis ao longo dos últimos meses. Além disso, o programa do Governo Federal, Minha Casa Minha Vida, passou por mudanças importantes, como a ampliação das faixas de renda para subsídios, aquecendo o mercado.
Pelas novas regras do programa, as faixas 1 e 2 (renda familiar de até R$ 4.000,00) tiveram uma ampliação do crédito disponível, um incremento que chegará a quase R$ 9 bilhões. Isso permitirá que mais famílias com baixa renda possam conquistar o sonho da casa própria.
De forma mais ampla, sem nos apegarmos a fatores conjunturais, podemos listar as seguintes vantagens para o investimento em imóveis:
- possibilidade de altíssima rentabilidade ao investir em terrenos e imóveis nas regiões em crescimento;
- investimento seguro, desde que realizado dentro dos parâmetros legais;
- obtenção de renda por meio de aluguéis;
- proteção contra a inflação.
Riscos do investimento em imóveis
Embora os números apresentados possam indicar um 2018 promissor, o investimento em imóveis é cercado de incertezas. Primeiramente, devemos apontar para um alto risco de depreciação dos empreendimentos. Isso porque, ainda que o cenário nacional possa apresentar alguma retomada, o investimento nessa área deve ser analisado a partir de uma dinâmica local, instância na qual inúmeros fatores exercem influência.
Estamos falando de questões como localização, oferta de serviços e indicadores de criminalidade, entre outros. De tempos em tempos, o comportamento desse conjunto de variáveis pode variar bastante, levando à valorização ou depreciação do investimento. Isto é, não há grandes certezas quanto ao futuro desse tipo de aplicação.
Há também a questão dos custos com despesas fixas dos imóveis, IPTU, condomínio e manutenção que são as principais. Na ocasião de se alugar o imóvel, há de se pensar também no risco de inadimplência.
Fique atento, principalmente, às incertezas de empregar seu capital no atual mercado imobiliário. Como você pôde acompanhar, são muitas oscilações.