Previdência: expectativa de vida ainda é um desafio

52 países promoveram algum tipo de reforma em seus sistemas previdenciários

Sabe-se que a expectativa de vida aumentou consideravelmente nos últimos anos no mundo todo, mas o que tem sido relevante são fatores como manutenção e saúde financeira dos sistemas previdenciários. O ponto crucial das discussões geradas é: temos um número cada vez maior de pessoas recebendo os benefícios por mais tempo.

Uma pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU mostrou que 52 países promoveram algum tipo de reforma em seus sistemas previdenciários. Na maioria deles, a idade para requerer os benefícios foi aumentada. O relatório da ONU apresentou que apenas 20% dos idosos recebem aposentadoria e o Brasil está acima da média com 55% de cobertura.

O grande desafio do sistema de seguridade social do Brasil é alinhar a Previdência à expectativa de vida da população. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indica que em 2050, 57% da população estará em idade ativa. Levantamentos mostram que o gasto com aposentadorias é superior à arrecadação há 21 anos.

A regra 85/95 beneficia o trabalhador no curto prazo, porque permite que as aposentadorias sejam pagas integralmente. Mas os economistas imaginam um impacto nada agradável nas contas públicas a partir de 2020. Com ou sem o fator previdenciário, o Brasil tem um problema grave para resolver nos próximos anos, segundo o especialista em finanças públicas Raul Velloso.

Nos países europeus, por exemplo, os sistemas de aposentadoria estão no centro da crise que ainda assola boa parte do continente. A partir de 2009, a maioria dos países promoveu algum tipo de reforma no seu sistema previdenciário.

Veja como a previdência funciona em outros países:

Alemanha
Quem quer receber o benefício integral precisa somar 45 anos de contribuição e ter 65 anos de idade. O benefício parcial é pago para quem tem pelo menos 67 anos e cinco de contribuição.

Chile

A previdência pública foi privatizada em 1981. Parte da população recebe o piso. Quem contribuiu mais ganha de acordo com o montante acumulado.

Espanha
Para o benefício integral, é preciso ter, no mínimo, 65 anos de idade e 35 de contribuição. Em 2027, a idade mínima passará progressivamente para 67 anos e o tempo de contribuição para 37 anos.

França
A reforma previdenciária de 2010 elevou a idade mínima de 60 para 62 anos, gradualmente, até 2018. O período de contribuição passa por um aumento gradual e chegará aos 42 anos até 2020.

Itália
Até 2026, a idade mínima para as mulheres se aposentarem deve passar de 60 para 65 anos.

Japão

O benefício integral é obtido com 40 anos de contribuição. A aposentadoria básica pode ser solicitada aos 65 anos de idade, com pelo menos 25 anos de contribuição.

Reino Unido

Hoje, as mulheres se aposentam com 60 anos de idade e os homens aos 65.  Ambos precisam de 30 anos de contribuição. Até 2020, a idade mínima para as mulheres também será 65 anos.

A escolha de integrar a um plano de previdência complementar muda esse cenário preocupante, uma vez que o seu futuro já está assegurado e a sua tranquilidade também.

Fonte: Ministério da Previdência Social e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

Tags: aposentadoria previdência previdência complementar

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