A pandemia do novo coronavírus pegou o mundo inteiro de surpresa. No Brasil, a doença ainda não atingiu seu pico e, mesmo com regras de isolamento menos rígidas, muitos brasileiros ainda estão em casa com o intuito de evitar a propagação do vírus.
Contudo, ficar somente em casa gerou impactos para a saúde das pessoas, segundo uma pesquisa do Ministério da Saúde que mapeou incômodos relatados pelos brasileiros durante o período. O levantamento Vigitel foi feito por meio de mais de 4 mil entrevistas telefônicas, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Alterações no ciclo do sono foram a maior queixa dos entrevistados: 41,7% das pessoas afirmaram que sentem dificuldade para dormir ou têm mais sono e dormem mais que o normal. Em segundo lugar, aparecem distúrbios relacionados à alimentação. Dos participantes, 38,7% relatam que sentem falta de apetite ou que estão comendo demais. A quarentena também reduziu o interesse dos brasileiros na realização de atividades: essa foi a queixa de 35,3% dos respondentes.
Outros incômodos comuns citados foram: sentir-se triste ou deprimido (32,6%); sentir-se cansado ou sem energia (30,7); lentidão para concluir atividades ou sensação de agitação e inquietude (17,3%); dificuldade de concentração (16,9%); sentir-se mal consigo mesmo ou achar que decepcionou pessoas que gosta (15,9%). Especialistas consideram que muitos dos desconfortos relatados podem estar diretamente relacionados a transtornos de ansiedade, por exemplo. Outro fator que exerce influência sobre o bem-estar dos indivíduos é a carência de algumas vitaminas.
Mudanças no sono
A privação do sono, provocada pela mudança na rotina, desencadeia outros problemas, como irritação, falta de concentração e até dores de cabeça e no corpo. O ideal nesta situação é criar uma nova rotina. Quem trabalha remotamente, por exemplo, pode tentar acordar todos os dias antes do expediente para tomar banho e café da manhã, além de vestir-se confortavelmente. Na hora de dormir, o indicado é ficar longe de objetos eletrônicos e dedicar o momento para tentar desacelerar a mente. Ler e meditar são boas alternativas.
Alimentação
As refeições devem ser feitas em horários fixos e adequados. A ingestão de frutas e verduras é uma aliada na reposição de vitaminas.
Para evitar comer em excesso, a sugestão é ingerir alimentos que ajudem a aumentar a serotonina, como banana e aveia. Eles diminuem a sensação de ansiedade. Além disso, é primordial ingerir bastante água.
Exercícios físicos
Mesmo com a sensação de cansaço, pouca energia e falta de concentração, uma boa saída é a prática de exercícios físicos. Mesmo que seja mais difícil praticar dentro de casa, é possível praticar aulas on-line.