Ao analisar os prós e contras de uma situação, você tem dificuldade para saber qual caminho deve seguir? E depois de decidir, você não consegue parar de pensar se realmente fez a melhor escolha? Em alguns momentos, é comum que a preocupação o impeça de aproveitar os frutos da sua decisão?
Caso a descrição acima faça parte da sua vida, saiba que você é um over-thinker. Esse termo em inglês é usado para classificar pessoas que pensam demais sobre situações e escolhas.
A Forbes entrevistou Shelley Row, escritora que acabou de lançar um livro sobre o tema: Think Less, Live More: Lessons From a Recovering Over-Thinker” (“Pense menos, viva mais: lições de uma over-thinker em recuperação”, em tradução livre). Os tópicos abaixo o ajudarão a enfrentar a situação.
Como identificar se sou um over-thinker?
Segundo Shelley, todos nós somos capazes de perceber quando estamos nos preocupando demais com alguma coisa, a mente roda em círculos, fazendo com que percamos tempo e energia. É importante reconhecer se isso é uma tendência, se acontece com frequência.
Por que isso acontece?
A neurociência explica que esse estado é proveniente do uso excessivo da parte lógica do cérebro, ou seja, quando desligamos a sabedoria da parte intuitiva.
Como resolver?
O trabalho com pessoas que se preocupam demais consiste, primeiro, em fazê-las descobrir como reconhecer quando estão fazendo isso e, depois, como passar para o lado sensível do cérebro e começar a dar mais voz a esta parte.
Dê nome as sensações
Nossa sociedade nos ensina tanto a valorizar o pensamento que acaba nos bloqueando de honrar as sensações também. Se pergunte por que está sendo difícil tomar a decisão que deseja e a resposta o ajudará a nomear esse sentimento.
Ao se torturar em não conseguir pedir um aumento para seu chefe, por exemplo, pergunte-se: “por que eu estou tornando isso tão difícil?”. Você perceberá que a resposta é algo do tipo: “eu estou desconfortável sobre como essa decisão será percebida pelos meus colegas”. Ou seja, você está desconfortável, com medo, preocupado. Quando nomeamos a sensação, ela deixa de fazer parte do subconsciente e entra no consciente, onde podemos começar a habilmente desvendá-la e entendê-la. Tente dar mais atenção à intuição.
Mude de hábitos
Quando se sentir inseguro sobre uma decisão, dê um passo para trás e entenda o que está sentindo. “O que me segura? Como eu me sinto em relação a tal fato?”. Muitas vezes, só isso é suficiente para superar essa sensação e tomar a decisão.