Consideradas as doenças de maior acometimento da era contemporânea, as doenças psicossomáticas são responsáveis por uma série de comorbidades físicas: problemas cardiovasculares, fibromialgia, problemas do sistema digestivo, disfunções de peso e, até mesmo, desenvolvimento precoce de diabetes.
Por doença psicossomática define-se desordens emocionais ou psiquiátricas que afetam diretamente o funcionamento do corpo. Os desajustes provocam uma série de queixas físicas que, por somatização, terminam tornando-se doenças relacionadas. Segundo uma pesquisa do Instituto Ipsos, 35% dos brasileiros já têm sua saúde degradada por doenças de causa psicossomática.
É consenso entre psiquiatras que a principal razão do início de transtornos emocionais é a obsessão pelo pensamento negativo: a preocupação exacerbada, perda de controle e dificuldade em trabalhar em soluções ou consolos. Além deste hábito – que todos alimentam em alguma etapa mais conturbada da vida – ainda cabe adicionar à lista:
- questões genéticas e fisiológicas, como maior sensibilidade à dor;
- influência ambiental em relação à visão da vida de forma positiva ou negativa;
- modo de enfrentamento dos problemas, que pode interferir na percepção da doença e no limiar dos sintomas físicos.
De causas variadas, a somatização do pensamento gera transtorno psicossomático e desencadeia doenças físicas e emocionais de difícil associação: pode-se levar anos até que a compreensão de que uma comorbidade física está associada à uma questão de distúrbio emocional.
Como exemplo regular, lê-se comumente como os maus hábitos alimentares tendem a elevar a média pressórica cada vez mais cedo, porém, pouco se fala em como picos iniciais de pressão tornam-se hipertensão por sobrecargas psicossomáticas.
Na semana da saúde, é preciso ilustrar um problema tão proeminente com a primeira nota de atenção: esteja consciente sobre as questões de stress contínuo.
Veja como identificar e evitar:
Sintomas de somatização psicossomática
- enjoo, dores, queimação ou gastrite nervosa;
- insônia;
- manchas roxas ou avermelhadas espalhadas pelo corpo;
- dores de cabeça constantes e sem motivo aparente;
- sensação de falta de ar ou bloqueio na garganta;
- desinteresse pelas atividades de rotina;
- batimentos cardíacos disparados;
- dores generalizadas;
- fadiga sem causa aparente;
- falta de concentração;
- irritabilidade, sonolência, desânimo, fraqueza;
É fácil observar que, ao sentir algum dos sintomas ou vários combinados, a primeira preocupação é física e, conforme recomendação psiquiátrica, certamente devem ser investigados através de exames. Se, no entanto, você observar que está tudo associado a uma linha de pensamento, é fácil identificar uma causa emocional.
Como evitar se desesperar com problemas e provocar doenças?
Procure ajuda psicológica
Há consenso que a melhor maneira é a reabilitação mental. O primeiro passo é visitar um psiquiatra, agendar terapias e descobrir a raiz da aflição que pode ser das mais variadas ordens: desde traumas de infância a problemas financeiros e etapas de luto emocional que, na psicologia, vão muito além de falecimentos e também incluem fim de contratos de trabalho ou de relacionamentos.
Mude seu estilo de vida
Não é preciso realmente vender todo bem material e mudar-se para o campo. O segredo na mudança do estilo de vida está na busca do equilíbrio: repense as horas de trabalho em excesso, abra mão de algum projeto especificamente estressante e que se demonstra mais destrutivo que construtivo, procure praticar a sinceridade em relações pessoais e avaliar compromissos.
Resguardar a segurança emocional é assegurar saúde.