Como cuidar da saúde mental durante a crise do coronavírus

Um momento propício para adicionar hábitos saudáveis na rotina

O mundo passa pela crise do século e a solução, por um tempo, é uma só: ficar em casa. Na correria do dia a dia, essa quebra de rotina pode ser difícil e acarretar ansiedade, angústia, solidão e outros impactos na saúde mental. Nessas horas, o que vale é recorrer ao mais simples.

A jornalista Larissa Narel, que está realizando home office desde o dia 16 de março, conta que tenta manter atividades que afastam a sensação de ansiedade. “Além de ocupar a mente com o trabalho, eu não deixei de fazer meus exercícios físicos. Em casa é mais limitado, mas dá para cumprir as metas”, afirma.

A dica do exercício físico é válida. Diversos personal trainers divulgam diariamente atividades para todos os públicos. A criatividade também tem ganhado espaço, existe treino com saco de arroz, cabo de vassoura e até com os móveis da casa. Basta pesquisar no YouTube “exercícios quarentena” e acessar uma variedade de conteúdos.

YouTube também da acesso a um importante aliado: a meditação. Assim como os demais exercícios, ela é grátis e pode ser realizada em qualquer lugar de casa, basta estar confortável. Aplicativos também oferecem as chamadas meditações guiadas que promovem relaxamento e calmaria. 

Este período de isolamento social também é conveniente para fazer o que se gosta. Você tem algum hobby? Cantar, desenhar, pintar, cozinhar, ler, são ações simples para fazer no conforto de casa. Você pode fazer uma lista de coisas que gostaria de realizar e nunca teve tempo. “Eu tenho dedicado algumas horas do dia para colocar as minhas leituras em dia”, diz Larissa.

Para o bem da sua cabeça, evite o excesso de informações sobre a pandemia. O smartphone e a televisão podem ajudar a intensificar a ansiedade com as coberturas ao vivo. Neste caso, tire um tempo do dia para se informar, caso queira, e, no restante, tente ficar offline.

Não se esqueça também de procurar fontes confiáveis e fugir das fake news propagadas principalmente via Whatsapp. A jornalista conta, por exemplo, que tem dado atenção aos conteúdos publicados pelo Ministério da Saúde, que divulga, diariamente, os dados da doença no Brasil.

Contudo, se por um lado o smartphone é um “vilão”, por outro, ele tem o papel de aproximar, já que o contato físico foi suspenso por um tempo. Aproveite para fazer ligações de vídeo com quem se ama. Ligue para os avós, , os amigos converse, cante junto, proponha brincadeiras que elevem o astral e aproveite também para as reuniões de trabalho. 

Se você faz algum acompanhamento com psicólogo, não interrompa. Continue fazendo suas consultas online, muitos profissionais já atendem neste formato. Converse com o seu psicólogo e combine a melhor forma de passar por isso de acordo com a agenda de cada um.

O corpo também deve ser bem cuidado neste período. Tente estabelecer uma rotina: acordar no mesmo horário, tomar banho, tomar um café da manhã reforçado, vestir roupas confortáveis (o ideal é que o pijama sirva só para dormir) e iniciar as atividades do dia. Ao longo do tempo, beba água, se alimente de maneira saudável e na hora certa. 

É uma fase delicada, mas lembre-se: você não está sozinho. O mundo inteiro passa por isso ao mesmo tempo. Por isso, é o momento de desenvolver empatia e consciência coletiva. Se puder, permaneça em casa, cuide de você e de quem você ama. Quanto mais pessoas se isolarem, mais rápido isso tudo irá passar. 

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