Hábito regular da maioria dos brasileiros, praticar treinos na academia sempre foram considerados benéficos para corpo e mente.
A pandemia trouxe a primeira razão real para evitar a academia: o isolamento como prevenção à contaminação pelo coronavírus.
Validado pela necessidade biológica do exercício, o argumento central de considerar o serviço essencial e mantê-lo em funcionamento era abordado através da lastimável realidade do país: um a cada cinco brasileiros está obeso e a obesidade é um agravante real em casos de infecção.
Não seria este, então, um absoluto serviço essencial?
Por vários meses a discussão ganhou os palcos e, pela primeira vez na lembrança da população, a classe médica se posicionou contra o argumento: malhar só emagrece em casos associados a dieta restrita e práticas saudáveis de alimentação. Vários profissionais de saúde alegam ainda que, com exercícios direcionados em casa, o emagrecimento é possível com a mesma eficiência, cabendo aos diversos aparelhos a função de tonificar a musculatura.
Em face à situação atual, quase um ano depois, a população encara a mesma situação: vários fechamentos do segmento seguindo a recomendação de Governos de Estados para o controle da pandemia.
Vale à pena voltar, então?
Se aplicadas medidas de segurança como máscaras, álcool em gel ao iniciar e terminar o uso de aparelhos, toalhas pessoais, distanciamento social, tempo máximo de 60 minutos na unidade e agendamento de horários, há uma segurança maior, mas não completamente livre de riscos devido à necessidade de adesão das medidas e o contágio cada vez mais numeroso.
O ambiente, que em geral é climatizado e fechado, é o maior contraponto a medidas de segurança e, apesar da necessidade de atividade física, vários treinos são adaptados sem auxílio dos aparelhos em respeito ao momento.
A questão tornou-se então uma dívida social pela perspectiva iminente de aumentar casos e mortes em consequência.
O assunto ganhou ainda mais dinâmica através do ponto de vista legal: quem decide não ir e está matriculado, com contrato assinado ou já pago em tempos de pandemia, é penalizado ou perde seu investimento?
A resposta é não.
Em direito, contratos perdem validade em casos de proteção à vida e medidas devem ser aplicadas: seja através da suspensão dos contratos não pagos ou o crédito na unidade escolhida para serem desfrutados num futuro mais seguro pelo qual mal se pode esperar.
Ambientes com criteriosas medidas de higiene e organização são mais indicados, contudo, segurança no momento é evitar ao máximo o convívio social.