Administrar uma conta junto com um familiar ou amigo pode ser uma estratégia interessante quando ambos têm os mesmos objetivos financeiros e quando há um acordo de total transparência sobre a utilização dos recursos ali reunidos.
Existem dois tipos de conta conjunta: a solidária e a não solidária. A primeira é geralmente utilizada por parentes e casais. Nesse caso, cada um dos responsáveis possui o seu próprio cartão e cheque e pode administrar seus gastos com total autonomia. “Para abrir uma conta conjunta solidária é essencial ter muita confiança no outro”, explica a planejadora financeira pessoal Denise Estrella, formada em economia pela Universidade Federal Fluminense. Já a conta não solidária é mais utilizada por sócios de empresas. Nesse caso, para fazer qualquer despesa a ser compensada na conta, os dois têm que assinar.
Saiba mais sobre as características dessa modalidade de serviço bancário e analise se é o momento de utilizá-lo ou não.
Principais pontos a favor
Facilidade de acompanhar o saldo: a conta conjunta pode tornar mais fácil a tarefa de organizar as finanças, já que ambos vão concentrar todos os seus rendimentos e despesas em um lugar só.
Tarifas menores: quanto maior a soma acumulada na conta e em investimentos vinculados, maiores as chances de barganhar descontos nas tarifas cobradas pelos pacotes de serviços.
Autonomia e controle: a conta conjunta pode ser especialmente indicada para pais que querem dar aos seus filhos adolescentes boas noções de educação financeira. Afinal, o pai terá a opção de supervisionar o saldo com regularidade, mas também poderá dar ao jovem um certo nível de autonomia, dentro do valor limite estabelecido como mesada. “É um bom investimento. Se os filhos forem educados financeiramente, os pais dificilmente terão que socorrê-los no futuro”, diz Denise.
Principais pontos contra
Risco de conflito: em uma conta do tipo solidária, é essencial que os dois responsáveis estejam de acordo sobre a forma de utilização do dinheiro. Caso contrário, isso poderá ser motivo de briga e até resultar num problema familiar grave. “O ideal é que ambos determinem previamente um valor para os gastos particulares, exatamente igual, para que os dois possam adotar o mesmo padrão de vida”, orienta o planejador financeiro pessoal Daniel Moraes, certificado pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros.
Menos segurança: segundo Moraes, a conta conjunta deixa as duas pessoas vulneráveis no caso de um furto ou sequestro relâmpago, já que todas as economias estarão reunidas em um só lugar. “Por isso, recomendo que os casais com maior renda tenham duas contas conjuntas: uma só para investimentos e outra para as movimentações mensais da família”, diz