Investidor brasileiro evolui, mas menos da metade investe

Apesar do grande avanço na quantidade de investidores em renda variável, o número ainda representa uma pequena parcela da população brasileira

Nos últimos 18 meses, o número de investidores com aplicações na Bolsa de Valores quase quadruplicou, saltando de 700 mil para 2,64 milhões. Isso significa que aproximadamente 1% da população brasileira tem investimentos na Bolsa. Por mais que esse dado represente um grande avanço, a população brasileira ainda está bastante atrasada em relação a outros países como os Estados Unidos, por exemplo, onde mais da metade das pessoas investe em renda variável.

 

Perfil do investidor brasileiro

Esses dados são parte de uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) de 2020 que traçou o perfil do investidor brasileiro. O estudo mostrou, dentre outras coisas, que a maior parte dos investidores é homem (53%), trabalha e tem atividade remunerada (85%), têm filhos (66%) e é casado (51%). A renda média dos investidores é R$ 5.600 e a idade é 43 anos.

Poupança ainda é a aplicação financeira preferida

Outro ponto interessante da pesquisa é a relação do brasileiro com o investimento na caderneta de poupança. Apesar dos índices de investimento terem diminuído em relação a última pesquisa, diminuindo de 88% para 84%, esse tipo de investimento segue como o favorito no nosso país.

Em seguida vêm os fundos de investimento (6%), a previdência privada (5%), títulos privados (5%), títulos públicos (4%), ações (3%) e moedas estrangeiras (2%).

Existem dois perfis distintos entre os investidores: os que aplicam exclusivamente em poupança e os que aplicam em outros produtos financeiros. Os investidores em poupança são divididos igualmente entre mulheres e homens, 65% pertence a classe C, 48% tem ensino médio completo e renda familiar de R$ 4,4 mil. 

Já os que investem em outros produtos financeiros têm o perfil bem diferente. A maioria são homens (63%), da classe A ou B (72%), com ensino superior completo (60%) e renda familiar de R$ 9,4 mil.

Investimentos analógicos x Investimentos digitais

Quando se trata do canal de investimentos, o público brasileiro ainda é considerado muito tradicional. Cerca de 71% ainda vai até o banco para fazer os seus investimentos. Esse público tem em média 47 anos, são da classe C, com R$ 4,4 mil em renda familiar. Aposentados são 22% deste público.

O outro perfil é o de investidor digital, que é mais jovem e possui maior poder aquisitivo: tem 38 anos em média, pertence a classe B e conta com renda mensal de R$ 7,4 mil.

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