Saiba como a tão falada taxa básica de juros afeta seu bolso

O termo pode parecer coisa de economista, mas a verdade é que esse indicador afeta o cotidiano do nosso bolso

Todos os dias no noticiário é possível encontrar informações sobre a alta ou baixa da taxa básica de juros, a chamada Selic. O termo pode parecer coisa de economista, mas a verdade é que esse indicador afeta o cotidiano do nosso bolso. Quer saber como?

O bê-á-bá da Selic
A taxa Selic é a menor taxa de juros do mercado financeiro e serve de referência para todos os outros índices econômicos. Ou seja, é a partir da taxa Selic, determinada pelo Banco Central (BC), que a economia do país se define. As grandes transações comerciais e financeiras são afetadas por ela, que influencia também os juros cobrados no parcelamento daquela geladeira que você quer comprar. Todas essas negociações dependem da taxa Selic, direta ou indiretamente.

Quando a taxa Selic sobe, as taxas de juros que vão remunerar as suas aplicações também sobem, o que é bom. Em compensação, as taxas de cheques especiais, cartões de crédito, empréstimos pessoais, crediários e assim por diante disparam junto. Mas a má notícia é que os juros que pagamos ao pegar empréstimos são sempre maiores do que o que recebemos ao aplicar dinheiro - na poupança, por exemplo.

A Selic é também um importante instrumento usado pelo Banco Central para controlar a inflação. Ao aumentar ou diminuir o percentual da taxa básica de juros, a autoridade monetária está dando um sinal. “Quando está alta, ela favorece a queda da inflação, pois desestimula o consumo, à medida em que os juros cobrados nos financiamentos, empréstimos e cartões de crédito ficam maiores”, diz Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. O contrário também é verdadeiro: quando a Selic cai, é uma tentativa do BC de estimular o consumo, o que aquece a economia e aumenta a inflação.

Como salvar suas economias

  • É importante saber que as taxas de juros são livres e estipuladas pelos próprios bancos, não existindo qualquer controle sobre os valores cobrados. Por isso, é fundamental pesquisar bem e se inteirar das taxas praticadas por cada instituição financeira antes de pedir um empréstimo.
  • Procure não atrasar o pagamento do cartão de crédito e não entrar no cheque especial. Tanto um quanto o outro possuem as maiores taxas de juros do mercado. Se for para usar numa emergência, por um período curto, ainda vai. Porém, se tiver dificuldade de cobrir a conta, por um período longo, vale mais fazer um empréstimo pessoal – que tem custos menores – para liquidar o cheque especial.
  • Se for inevitável pedir um empréstimo, pesquise as linhas de crédito mais baratas. Algumas cobram taxas de juros mais atrativas, de cerca de 2% ao mês.
  • Se possível, adie suas compras até conseguir juntar o dinheiro e pagar à vista, evitando os juros. Se for urgente, pesquise muito, barganhe e compre nos menores prazos possíveis.

Tags: aplicações economia investimento juros Selic

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