Em novembro de 2021, 19,13% dos clientes que usaram crédito rotativo atrasaram pagamentos entre 15 e 90 dias, de acordo com o Banco Central.
O percentual, referente a quase o dobro de dívidas computadas em 2020, quando estava em 9,68%, ilustra uma preocupação:
As pessoas sabem no que o crédito rotativo implica?
Considerado uma espécie de empréstimo dado aos clientes que fazem o pagamento da fatura até a data de vencimento em valor superior ao valor mínimo, mas inferior ao valor total da fatura, o crédito rotativo parece uma possibilidade de alívio no orçamento já apertado.
A diferença entre o valor pago e o valor total entra no rotativo e gera o crédito.
Entretanto, como a fatura não foi totalmente paga e o crédito rotativo gira em outras regras, ele é considerado um empréstimo a juros que fica com o valor pendente para pagamento na fatura que segue o mês do ajuste de pagamento.
Com prazo máximo para uso, o crédito rotativo pode ser usado em 30 dias ou até o vencimento da fatura seguinte do cartão de crédito.
Criada em abril de 2017 para evitar que dívidas de usuários cresçam e saiam do controle, a nova regra do crédito rotativo limita o pagamento mínimo de 15% do cartão por um mês: na fatura seguinte à transação, a instituição financeira não pode mais rodar a dívida, colocando o cliente na situação de pagar o valor total ou parcelar a dívida em outra linha de crédito, que terão juros mais baratos.
Considerado um verdadeiro risco para a gestão financeira, o crédito rotativo pode gerar vários contratempos se não for pago a tempo. Estão inclusos no atraso:
· Multa;
· Juros remuneratórios, por dia de atraso sobre a parcela vencida ou sobre o saldo devedor não liquidado;
· Juros de mora;
· Restrições a novos créditos.
Como evitar o crédito rotativo?
A resposta é, antes de qualquer outra, organizar-se nos pagamentos.
Se o crédito rotativo for, de fato, a única opção, é preciso conferir se as parcelas caberão no orçamento do próximo mês ou se a quitação da dívida ficará cada vez mais longe.