Provavelmente você já ouviu falar em taxa de juros Selic, certo? Seja no noticiário, nos encontros com o gerente do seu banco ou nas conversas do cotidiano, esse é um tema recorrente que mexe no bolso de todos nós, mesmo que indiretamente.
A relação da taxa de juros com o cotidiano das pessoas pode parecer irrelevante, mas nós vamos te mostrar como a taxa de juros pode afetar mais do que você imagina.
O que é a taxa de juros e como ela funciona?
A taxa básica de juros, mais conhecida como Selic, serve como uma referência para o funcionamento da economia. Definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a Selic é reconhecida como a principal taxa de juros do mercado.
Assim, ela influencia diretamente os juros em toda a economia. Desde os empréstimos em bancos, financiamento de bens, compras a prazo, crediários, juros para financiamento de empresas e até a rentabilidade dos investimentos financeiros, tudo acaba sendo impactado pelo nível da taxa Selic.
O que acontece quando a taxa de juros está baixa?
Quando a Selic está em um nível baixo, a economia ganha um “gás” a mais. Os bancos ficam mais interessados em emprestar dinheiro para empresas e pessoas, incentivando o consumo da população e colocando mais dinheiro em circulação no mercado.
Dessa forma, se uma família quer financiar a compra de um carro novo, por exemplo, a queda na taxa de juros vai deixar as parcelas mais baratas e diminuir o valor final pago pelo veículo. O resultado disso serão mais pessoas comprando não apenas carros, mas todos os tipos de bem, gerando, no final das contas, um aumento na atividade econômica como um todo.
Como a taxa de juros afeta a inflação?
Definida a cada 45 dias, a taxa Selic é utilizada pelo Banco Central como a principal ferramenta para controlar a inflação do país. Essa lógica funciona da seguinte forma:
· Quando a inflação está alta, o Banco Central sobe a taxa, desestimulando a produção, o consumo e segurando o aumento dos preços;
· Já quando a inflação está baixa, o Banco Central vê uma oportunidade para reduzir a taxa de juros e incentivar o consumo, a produção e o crescimento da economia.
Nesse cenário, uma taxa de juros baixa pode acelerar a inflação e elevar o nível de preços no mercado, impactando negativamente o orçamento das famílias.
Por outro lado, uma taxa alta dificulta o acesso ao dinheiro, mas ao mesmo tempo serve para manter a inflação controlada.
Como a taxa de juros afeta o endividamento?
A Selic também serve de referência para os juros cobrados nas modalidades de crédito do mercado, como empréstimos, financiamentos, cartão de crédito e cheque especial.
No entanto, nem sempre existe uma proporcionalidade nessa relação. A Selic não é o único fator para as empresas de crédito definirem seus juros, já que elas também levam em conta a inadimplência e o risco do mercado, entre outros aspectos.
Logo, para o consumidor endividado, a redução da taxa Selic pode não ser percebida em curto prazo.
Como a taxa de juros afeta os investimentos?
A Selic serve também de referência para o CDI, que é a principal taxa usada para determinar a rentabilidade de investimentos em renda fixa.
Logo, uma taxa de juros baixa também desestimula a poupança e os investimentos. Como tudo vai render menos, as pessoas vão preferir gastar o seu dinheiro a guardá-lo, reforçando assim o efeito estimulante que uma taxa de juros baixa causa na economia.
Por isso, o interessante é planejar seus investimentos com foco no longo prazo. Com um plano de previdência complementar, por exemplo, é possível garantir seu futuro sem se preocupar com a movimentação da economia. Mantendo um plano de previdência privada, é possível conquistar sua independência financeira se protegendo da inflação e garantindo total tranquilidade para quando for preciso.
Esperamos que você tenha entendido como a taxa de juros pode influenciar não apenas as suas finanças, mas todo o seu dia a dia.
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