Assunto comum nas notícias sobre finanças, a inflação costuma gerar sempre o mesmo pensamento:
Os preços vão subir.
E, apesar dessa linha de raciocínio ser, em parte, verdade, não é somente assim que a inflação influencia seu orçamento. Aprenda a entender melhor como ela funciona:
A inflação e a rotina financeira
A inflação ocorre quando um crescimento gradativo, constante e generalizado dos preços de um grupo de bens e serviços, em um determinado período, causa a redução do poder de compra.
Entretanto, se somente alguns preços aumentam enquanto os outros permanecem estáveis, não é possível afirmar que existe um processo inflacionário. Se, por outro lado, ocorre um aumento de todos os preços em um mês, mas a estabilidade é novamente firmada em seguida, ele também não é caracterizado. A inflação é um aumento geral e duradouro.
Conheça os índices medidos pela inflação
Cada índice reflete a inflação de produtos determinados e apontam valores diferentes para cada um, bem como os dados para realizar os cálculos. Veja abaixo:
- Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI): Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apura os preços mensais de todo o processo produtivo: matérias-primas agrícolas e industriais, produtos intermediários e bens e serviços finais e preços de construção. É parte da cesta que corrige os preços de telefonia.
- Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M): Semelhante ao IGP-DI, verifica preços do comércio no atacado, no varejo e na construção civil, pesquisados entre o dia 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. É usado na correção de contratos de aluguel e tarifas de serviços públicos.
- Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): Calculado pelo IBGE, aponta mensalmente a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos das 11 principais regiões metropolitanas do país. Os preços são coletados em mais de 28 mil comércios visitados pelos pesquisadores. É considerado o índice oficial da inflação e é usado para corrigir o valor do salário mínimo e da cesta básica.
- Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC): Semelhante ao IPCA, verifica a variação do custo médio das famílias com rendimento médio entre 1 e 5 salários mínimos. Indica as variações de preços nos grupos mais sensíveis, que gastam todo rendimento em consumo corrente (alimentação, remédio etc.).
- Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S): Verifica preços de 388 itens a cada 10 dias. Donas de casa treinadas pesquisam preços de alimentação no domicílio, produtos de limpeza, higiene e serviços; e funcionários da FGV fazem consulta mensal de bens e serviços da cesta básica do IPC.
- IPC – Fipe: Calcula semanalmente os preços de 468 itens consumidos por famílias que recebem entre 0 e 10 salários na cidade de São Paulo.
Crédito de dados: O Economista
Como a inflação influencia suas finanças?
A resposta mais simples é: diretamente. No entanto, isto depende da forma como a inflação se movimenta na economia. De maneira geral, se os preços se ajustam em sincronia (produtos, matérias-primas, serviços e etc.) os aumentos da inflação podem não influenciar muito ativamente a vida do cidadão. Contudo, a variação representa maiores ganhos para alguns e perdas maiores para outros.
Desta forma, uma inflação sustentável seria aquela que respeita o percentual de aumento salarial anual, de modo que o trabalhador receba à medida que os valores aumentam. Uma taxa de 5% seria ideal para assalariados, contudo, sempre que a taxa aumenta em relação a este percentual, há maior perda no poder de compra do consumidor.