Em agosto, o Governo Federal anunciou que as vacinas administradas contra o Covid-19 terão terceiras doses.
De acordo com informações da pasta governamental, a aplicação de mais uma dose de imunizantes será para pessoas acima de 70 anos e imunossuprimidos.
Ainda sem uma definição concreta, o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra Covid-19 (PNO), do Ministério da Saúde, relata que a decisão da aplicação de terceira dose em pacientes imunossuprimidos, deve, primeiramente, partir de análises de condições individualizadas e levar em conta quesitos como o grau de atividade e de imunossupressão, a faixa etária, e a doença que agride o sistema imunológico.
A designação do Plano é definir que especialistas indiquem a terceira dose para pessoas com este tipo de comorbidade.
Controversa, a aplicação de terceira dose não está totalmente bem delimitada na classe médica.
Para a pesquisadora Sara Gilbert, cientista que liderou as pesquisas para a produção da vacina de Oxford, Astrazeneca, a aplicação de terceira dose ainda não tem evidências de necessidade, uma vez que estudos aplicados demonstram boa resistência em organismos e uma imunidade que, segundo ela, tem sido duradoura.
Em entrevista ao jornal Daly Telegraph, ela defendeu a aplicação de duas doses em toda a população, através do envio de vacinas a países com baixa taxa de imunização, e alegou que a prioridade da vacinação no momento é alcançar o máximo de pessoas possível.
Vale ressaltar que a aplicação da terceira dose se refere a estudos ainda recentes, como todos os dados científicos sobre a doença, e dará prioridade às menores taxas de imunização por tipo de organismo, como os idosos e imunossuprimidos que o Brasil pretende vacinar.