Taxa média de desemprego em 2020 é a maior em quase 30 anos

Pesquisa do IBGE registra taxa de 13,5% e bate recorde histórico

A pandemia afetou profundamente o mercado de trabalho. Seja pela necessidade de fechamento de vários setores ou impossibilidade de movimentação econômica pela redução de renda, a realidade do desemprego é uma preocupação.

 Segundo dados do IBGE, a quantidade de pessoas sem ocupação remunerada alcançou 7,3 milhões de brasileiros em 2020, demonstrando uma taxa percentual histórica, especialmente considerando o equilíbrio de ocupação de vagas que o país apresentou nos últimos 20 anos. Ao fim de 2020, 49,5% das pessoas em idade de ocupação, estavam desempregadas.

A pesquisa demonstra ainda que, muito embora o percentual tenha afetado o país inteiro, os estados do nordeste ocupam de longe a maior contribuição nas taxas, uma demonstração de como o turismo defasado afeta as vagas de trabalho na região. 

Alagoas registrou taxa de 39,5% de pessoas em ocupação, transformando-se no maior índice de desemprego do país, enquanto o Mato Grosso foi o estado menos afetado, mantendo um percentual de 58,7% de ocupados.

Os dados demonstram ainda que para mulheres a realidade do desemprego foi sobressalente: alcançaram 16,4% enquanto homens computaram 11,9% da fatia percentual. 

Em grupos etários, a classe jovem ocupa o primeiro lugar com 42,7% entre jovens de 14 a 17 anos, 29,8% entre 18 e 24 anos e 13,9% entre 25 e 39 anos de idade.

A média de recuperação de empregos é inerente à criação de cargos e, pelo modo como o Brasil enfrenta crescimento de casos de contaminação por coronavírus, ainda pode demorar.

Mesmo na informalidade, pessoas que operam por CNPJ foram impactadas, alcançando um percentual de 38,7% de desistências do negócio graças ao acentuado desestímulo do comércio presencial no ano que se passou.

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