Vender as férias pode ser oportunidade para equilibrar o orçamento

Quando o que está tirando o trabalhador do sério não é o cansaço, mas as dívidas, vender parte das férias pode ser uma saída interessante

Quando se aproxima o período das tão sonhadas férias, muita gente fica na dúvida se é mais vantajoso pegar sombra e água fresca por 30 dias depois de um ano de trabalho ou se o melhor a fazer é descansar 20 dias e vender os outros 10 para a empresa. E, nessa situação, não há uma solução pronta. É essencial analisar caso a caso.

Do ponto de vista da saúde, uma pausa de 30 dias para descansar o corpo e a mente é fundamental para restabelecer o equilíbrio físico e emocional depois de um ano no corre-corre. Você pode não se dar conta disso, mas se não fizer algumas paradas de vez em quando, pode comprometer a sua produtividade e até tornar-se mais vulnerável a acidentes e doenças. Tudo em consequência do acúmulo de estresse.

Por outro lado, em algumas situações, quando o que está tirando o trabalhador do sério não é o cansaço, mas as dívidas, vender parte das férias pode ser uma saída interessante. “Essa é uma renda que o trabalhador consegue usar em sua totalidade, pois não sofre descontos. Então, ela pode bem servir para saldar as pendências financeiras ou, pelo menos, para quitar as dívidas que têm os juros mais altos”, diz o educador financeiro Silvio Bianchi, da DSOP.

Outra vantagem: como o recebimento dos dez dias é programado para a sua volta, essa soma acaba ajudando a cobrir as despesas fixas daquele mês, quando o seu salário normal não cai na conta, já que foi pago antecipadamente.

Entretanto, se você não tem problemas financeiros mas, por outras razões, também não quer descansar os 30 dias, pode aproveitar a oportunidade para fazer uma aplicação ou um aporte extraordinário no seu plano de previdência. “Sempre vale a pena começar ou incrementar um investimento. Você também pode fazer uma aplicação neste ano para aproveitar nas férias do ano que vem. O importante é planejar bem suas finanças, para não ter que gastar o próximo dinheiro das férias no pagamento de dívidas”, conclui o educador financeiro.

Tags: dívidas férias finanças orçamento

Veja mais