Você sabe identificar um mentiroso?

Se a mentira tem afetado suas relações, sejam pessoais ou profissionais, é melhor ficar atento

Imagine este cenário: você sai de casa, pega trânsito, anda por lojas e lojas, enfrenta filas, tudo para comprar um presente para uma amiga. Ao entregar o presente, você se depara com: “Nossa, que presente horroroso! Detestei. Não vou usar. ” Além de se sentir constrangido, a amizade provavelmente irá ficar abalada. E é aí que entra a máxima de que todos nós mentimos.

Geralmente a mentira pode existir em três momentos: quando serve para proteger o mentiroso, para evitar tensão ou conflito ou para não magoar alguém. Falar a verdade não requer muito exercício cerebral, já que é inerente ao ser humano. E, pela simplicidade do ato, revisitamos a nossa memória, lembramos de detalhes e conduzimos a fala, sem rodeios. Mentir, porém, é mais trabalhoso para o cérebro, pois exige uma atividade mental mais elaborada do que a normal – e ainda pode acarretar em erro. O mais complexo é ter de alterar a história, torná-la crível, linear.

Ao dizer que todos mentimos, não significa dizer que existe um desvio de caráter, ou que seja algo muito ruim. Apesar de nos fazer sentir um embaraço, uma excitação proveniente do medo de sermos pegos ao inventar algo convincente, alguns estudos apresentaram que durante uma conversa descompromissada de 10 minutos, as pessoas contam cerca de duas a três mentiras. Já outra pesquisa, investigou pessoas perguntando se haviam mentido nas últimas 24 horas. E o resultado foi surpreendente: cada uma havia contado 1,6 mentira. Talvez esse número seja maior do que o contabilizado!

Se a mentira tem afetado suas relações, sejam pessoais ou profissionais, é melhor ficar atento. Para isso, reunimos 5 dicas vindas dos centros de investigação para identificar um mentiroso crônico e desmascará-lo. 

      1. Repita a pergunta de diferentes maneiras

Sem dúvida é uma das formas mais usuais de desmascarar alguém que está contando mentiras, uma vez que as inconsistências aparecerão facilmente ao longo da fala.

2. Faça perguntas objetivas

Diga: “Me conte sobre...” ou “ Você pode me explicar”. Quando a pessoa responder, permaneça em silêncio, olhando para a pessoa. Isso irá trazer um momento desconfortável para a pessoa e, se ela estiver mentindo, ela vai retomar o discurso rapidamente.

3. Preste atenção às oscilações de humor

O ato de mentir é estressante e reflete no psicológico e no físico, já que as pessoas precisam criar uma história irreal. Com isso, elas ficam mais facilmente irritadas, sem paciência, porque a atividade mental desempenhada é somada ao medo de serem pegas.

4. Observe a postura do corpo

Quando as pessoas se deparam com uma situação de perigo, tendem a ficar na defensiva. Inconscientemente elas se expressam com uma postura que indica um possível estresse como cruzar os braços, as pernas, coçar o nariz, colocar a mão no pescoço, mexer os pés e contrair os ombros – sem se esquecer dos tiques nervosos.

5. Atente-se às microexpressões faciais

Um dos mais difíceis traços de se identificar, mas não impossível. Preste atenção na forma em que a pessoa exprime as emoções por meio da face, ou seja, note se a cada fala existe contração ou relaxamento de alguma parte do rosto: testa, região dos olhos e das bochechas.

Com essas dicas, talvez fique mais fácil detectar quando uma pessoa está mentindo. É por meio dessas inconsistências, dos erros na fala, alterações no humor, a postura defensiva no corpo e as expressões no rosto, que você reconhecerá cada lorota inventada. Ser enganado? Não mais!

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