Costumeiramente associamos a formação de novos neurônios e das sinapses, que são as ligações entre os neurônios, aos cérebros de pessoas mais jovens. E isso é uma informação ultrapassada, uma vez que pesquisadores da Universidade Columbia, em Nova York, comprovaram o contrário.
Cientistas analisaram em um estudo amostras cerebrais congeladas de 28 voluntários que tiveram mortes súbitas, com idade entre 14 e 79 anos. A análise teve como enfoque neurônios mais recentes e as condições dos vasos sanguíneos no hipocampo, área do cérebro que é ligada à memória e ao aprendizado.
Pessoas de até 79 anos, saudáveis, podem gerar o mesmo número de células cerebrais quanto um adolescente, essa foi a conclusão do apontamento. Elas possuem a mesma capacidade de produzir novos neurônios do hipocampo, o que se assemelha aos mais jovens.
Controvérsia
Não muito distante, um estudo publicado pela Universidade da Califórnia foi de encontro ao da Universidade Columbia, mencionado anteriormente. No da Califórnia, cientistas apresentaram que não havia nenhuma comprovação da existência de neurônios jovens nos hipocampos em pessoas com idade superior a 18 anos.
Como os dois estudos, com o mesmo objetivo a ser estudado, podem ter tido resultados distintos, a líder da pesquisa da Universidade Columbia, Maura Boldrini, revelou que o motivo das divergentes conclusões pode ter sido o fato de a equipe da Califórnia ter pesquisado com amostras de cérebros não congeladas, ou seja, quimicamente preservadas. E isso pode ter mudado a análise bem como o seu resultado e, portanto, dificultou a detecção de novos neurônios.
Neurônios em plena atividade
Conceituamos memória como a capacidade de planejar, abstrair, julgar e atentar-se. É fundamental adotar novas posturas diárias para conservar a habilidade de produzir novos neurônios. Uma simples mudança de caminho de casa pode ser uma grande arma para desafiar a memória contra o envelhecimento das células cerebrais.
Outra dica valiosa é cultivar interesses e manter a mente ativa. Não é interessante se prender apenas ao trabalho ou à família, pois isso pode criar tendências depressivas e até causar o sentimento de inutilidade na velhice. Aliar atividade física à boa alimentação também é uma ótima maneira de se aumentar a produção de hormônios como a endorfina, por exemplo. Essa produção causa bem-estar e retarda problemas cognitivos.
Basta um semestre de caminhada, bicicleta ou esteira para mudar o desempenho da memória, incluindo cálculo e linguagem. Não hesite: para manter o cérebro, bem como as células cerebrais ativas, exercite o corpo para fazer o sangue circular e levar oxigênio a todas as áreas.