Uma pesquisa realizada pela Nielsen, empresa global de informação e dados digitais, comparou o consumo do mundo pré pandemia com a situação atual e colheu informações muito interessantes para a análise do consumo consciente.
De acordo com os dados da pesquisa, o mundo se voltou para consumos mais conscientes, face à ampla incerteza sanitária em que todos se encontram.
O principal ponto do levantamento foi se o consumo diminuiria ou não com as restrições do momento e, conforme esclarecem os dados, ele aumentou, mas, de forma mais consciente.
Variando padrões anteriores, as pessoas buscaram suprir necessidades emergenciais e necessárias até 67% a mais do que em relação a 2019, quando compras por supérfluos atingiram 72% dos gastos no mundo.
Nas categorias, estão em foco:
- Produtos para a manutenção geral da saúde e do bem-estar;
- Produtos essenciais para a contenção do vírus, saúde e segurança pública;
- Armazenamento de alimentos e uma vasta gama de produtos de saúde;
- Aumento das compras online e diminuição das visitas às lojas;
- Viagens de compras restritas;
- Preocupações com o aumento dos preços; e
- Retorno às rotinas diárias, mas com cautela renovada sobre a saúde.
Segundo especialistas, o novo padrão de consumo remete aos conceitos do consumo consciente: comprar o que é preciso, priorizar a saúde e as experiências e, acima de tudo, praticar o controle de gastos.
A queda em compras por impulso foi de aproximadamente 42% em países emergentes e de 59,7% em países subdesenvolvidos, ilustrando como a pandemia mudou a prioridade humana.
O consumo desenfreado foi utilizado por 41% dos brasileiros até 2019
Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Logistas (CNDL) em parceria com o SPC Brasil, o consumo sem controle foi responsável por 41% das compras dos brasileiros até meados do começo da pandemia.
O levantamento, realizado por meio de pesquisa comportamental, demonstra que entre 2014 e 2019, ano anterior à pandemia que mudou a vida e a rotina de todos os brasileiros, o aumento em compras de peças de roupa e sapatos aumentou 60% por pessoa no Brasil.
A força do consumo era tal que 37% das pessoas entrevistadas admitiram que tinham comprado ao menos um item desnecessário em um prazo de 30 dias anteriores à pesquisa.
Naturalmente, o dinheiro gasto em consumo desenfreado foi reduzido devido à crise financeira, entretanto, com a pandemia, as pessoas aprenderam de forma abrupta a poupar e a gastar com o essencial, evidenciando a importância do consumo consciente em tempos de necessidade.
Consumir o que precisa salva seu bolso e o planeta
Sem ressalvas, tudo o que é consumido pelos humanos causam impactos ambientais. Além de preferir marcas que respeitam e cuidam do meio ambiente, o consumo consciente também prevê que o orçamento sinta o efeito positivo do autocontrole.
Aproveite a lição da pandemia e leve o conceito para a vida: compre o que precisa e poupe para ter.