Para discutir o assunto com mais clareza, você precisa estar por dentro da definição de CET – Custo Efetivo Total.
A prática é uma forma padronizada de demonstrar quanto um produto custa realmente: juros, encargos, impostos, tributos e outras tantas porcentagens que quase nunca é possível entender no ato da compra.
Obrigadas a informar o CET em assinaturas de contratos e especificações, as empresas colocam estes dados nas letras bem pequenas que poucos se dão ao trabalho de ler.
E, para generalizar, juro zero simplesmente não existe.
É corriqueiro, ao realiza pesquisas de mercado em itens de consumo, o clichê de vendas que remete a padrões do tipo que sugerem que, por determinado período, você não pagará juros ao dividir produtos ou serviços.
Contudo, a chave que permite este tipo de campanha é a configuração do CET que, por sua vez, prevê sempre eventuais perdas por falta de pagamentos e embute valor às compras no mercado.
Obviamente, o contexto é bem mais expressivo e relevante em itens de valor mais elevado e de demorada quitação, por isso, procure conseguir descontos à vista o máximo que puder para dar valor ao seu dinheiro.
Economize o quanto for possível e fuja de parcelamentos pela sua saúde financeira.
Entenda que o valor à vista deve ser sempre mais interessante que a prazo e, caso não seja, negocie esta situação.
Em vias de fato, parcelas “iguais” ao preço à vista com juros embutidos representam, no mínimo, um CET de 3% ao ano. Parece pouco, certo?
Se sua resposta foi sim, imagine a quanto este percentual pode chegar somente nas parcelas que você assumiu no mês passado, somados a parcelas de carros ou cursos, para entender realmente quanto dinheiro pode ser desperdiçado assim.
Até mesmo quando o momento financeiro passa por estabilidade, os preços variam com o passar dos meses e anos, numa relação contínua entre o CET e a inflação. Prefira à vista.