No ano passado, o estoque de crédito chegou a R$4 trilhões pela primeira vez na história, impulsionado pelos programas de concessão de crédito do Governo Federal. Por mais que esse seja um dado inicialmente positivo, a alta demanda por crédito associada à crise econômica causada pela pandemia, gerou um alto nível de endividamento, que alcançou 50,3% em outubro do ano passado.
Também foi a primeira vez na história que esse índice passou de 50%. Esse dado, que foi divulgado pelo Banco Central, leva em conta o estoque do crédito em relação aos últimos doze meses,
Outro ponto que gera preocupação é o comprometimento da renda do brasileiro com as parcelas de financiamento. Ela chegou a 21,7%, número que só havia sido registrado em 2015, quando bateu o recorde.
O maior culpado deste endividamento é o financiamento imobiliário. Sem ele, o endividamento chegaria apenas a 29,3% e o comprometimento de renda a 18,9%. Com esses dados, o BC também reportou que houve crescimento de 5,4 pontos no endividamento e 1,7 pontos no comprometimento de renda.