Será que você está tomando a decisão certa?

Entenda quais são os tipos de decisão de compra e o atual cenário da inadimplência no Brasil

Em se tratando de decisão de compra, existe uma enorme variedade de caminhos a serem seguidos. Fatores como valor agregado do produto, perfil do consumidor e contexto da compra são responsáveis por orientar as decisões das pessoas.

Para quem pensa em manter as contas em dia e fazer valer seu dinheiro, é importante conhecer como se estrutura todo esse processo. Afinal de contas, manter equilíbrio financeiro é o que todos buscam.

No post de hoje, vamos tratar dos principais tipos de decisão de compra e de algumas tendências comportamentais do consumidor brasileiro, dando destaque para hábitos que devem ser evitados ou levados à prática. Confira!

Tipos de decisão de compra

Daremos destaque, a seguir, aos quatro principais tipos de decisão de compra:

1. Decisão complexa

A decisão complexa é aquela que envolve riscos e é considerada não habitual. Isso porque o valor agregado do produto é elevado e pode representar um grande prejuízo, caso a escolha entre as opções disponíveis no mercado seja por um produto de baixa qualidade. Estamos falando da aquisição de um automóvel, por exemplo.

Frente a esse tipo de decisão de compra, o consumidor procura, pelo menos em tese, cercar-se de todos os tipos de informações possíveis. Ele buscará conhecer especificações técnicas do modelo pretendido, a experiência de outros consumidores, entre outras questões, como custo de manutenção, durabilidade e conforto.

2. Decisão de baixa cognição

Assim como na decisão complexa, a decisão de baixa cognição é não habitual e envolve grande valor agregado. A diferença fica por conta de uma dissociação de elementos tradicionais que baseiam a escolha, como envolvimento com o produto e uma percepção já concebida sobre as marcas.

Para que tudo fique mais claro, podemos pensar na aquisição de móveis para a varanda de sua casa. Essa é uma compra realizada com grandes intervalos de tempo entre uma compra e outra, além de demandar um investimento relativamente alto se comparado a itens de consumo habituais.

A falta de envolvimento se refere a pouco diferenciação entre as marcas disponíveis no mercado. O consumidor não costuma ter uma opinião formada sobre móveis para varanda, tendendo a enxergar todas as marcas como a “mesma coisa”.

3. Decisão habitual

Além do que o próprio nome faz entender, a decisão habitual se refere a uma compra que não incita grandes esforços na busca por diferenciação entre as opções disponíveis de um mesmo produto. O melhor exemplo a ser apresentado é a aquisição de açúcar e sal.

Embora sejam insumos indispensáveis à cozinha de qualquer família, é difícil encontrar um consumidor que tenha marcas preferenciais para esses produtos. Ao se depararem com as opções na sessão de mantimentos nos supermercados, geralmente, o indivíduo opta pelo produto mais em conta.

4. Decisão focada em variedade

A decisão focada em variedade também é habitual, porém há uma grande inquietação do consumidor pela experimentação. Na prática, isso significa querer sempre provar algo novo. Pense, por exemplo, nos chocolates.

Quem habitualmente consome esse produto está aberto a novas possibilidades, sempre pensando em experimentar um novo sabor, recheio ou uma forma de consumir.

Apenas 30% dos consumidores brasileiros compra de forma consciente

O SPC Brasil, em parceria com a UFMG, vem acompanhando de perto os dados referentes ao comportamento do consumidor brasileiro. No que se refere a hábitos de consumo, pesquisa recente revela que apenas 30% dos brasileiros podem ser considerados consumidores conscientes.

Prova disso é que em cada dez brasileiros inadimplentes, 13,5% do total de 61,8 milhões, fez empréstimo com financeiras que ofertam linhas de crédito para negativados. Nesse grupo, temos aqueles que estiveram com o nome sujo nos últimos 12 meses.

Quando o assunto é controle de gastos, os milhões de brasileiros com o nome sujo parecem empenhar poucos esforços para regularizar suas situações. Para se ter uma ideia, apenas 17,8% tomou a decisão de cancelar outros cartões de crédito. Outros 16,3% pensam em comprar somente quando conseguirem pagar.

Os dados são preocupantes e somado ao já elevado índice de desemprego, podemos projetar um cenário de consumidores com cada vez menos acesso ao crédito e em dificuldades para controlar as próprias finanças.

Ao conferir mais essa publicação, você pôde conhecer quais são os principais tipos de decisão de compra e algumas informações recentes sobre como anda a inadimplência no Brasil. O cenário atual é de incertezas e deve inspirar em todos nós cada vez mais cuidado em relação ao controle financeiro.

 

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