Lojas de R$ 1,99 escondem armadilhas para o bolso; fique atento

Muitos artigos encontrados nessas lojas são, de fato, bem mais baratos se comparados com os preços de lojas especializadas

Você é daqueles que não resiste a entrar numa lojinha de R$ 1,99? Afinal, é tudo tão baratinho e dá para encontrar tantas coisas úteis... Mas você pode acabar saindo de lá com sacolas cheias e o bolso vazio.

Muitos artigos encontrados nessas lojas são, de fato, bem mais baratos se comparados com os preços de lojas especializadas. Um exemplo são aquelas caixas de plásticos, usadas para organizar brinquedos, documentos, entre outros itens. Em lojas de R$ 1,99 elas saem mais em conta do que nas papelarias ou em bazares de utilidades domésticas, por exemplo. Porém, nem sempre a compra feita nesses comércios vai garantir economia. Para evitar ciladas que podem prejudicar o seu orçamento, aí vão algumas orientações:

  • Procure entrar nessas lojas apenas quando estiver realmente precisando comprar algo. Como nesse tipo de comércio há de tudo um pouco, por preços que geralmente são mais baixos, fica difícil resistir à tentação de encher as sacolas... e esvaziar o bolso!
  • Também é preciso estar atento à qualidade dos produtos. “Nem tudo o que é vendido nesses locais, a preços baixos, é de boa qualidade ou fabricado de acordo com as normas técnicas estabelecidas pelos órgãos reguladores”, alerta Sonia Amaro, advogada da Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, em São Paulo. Então, a regra é examinar detalhadamente o produto antes de fechar negócio. E pedir a nota fiscal sempre. Assim, caso algum defeito tenha passado despercebido, você tem o direito de trocar.
  • Tenha ainda mais cautela ao comprar brinquedos. Nacionais ou importados, eles devem ter o selo do Inmetro, que garante que foi testado por um órgão oficial antes de ser colocado à venda. Além disso, a embalagem do produto deve especificar que ele é seguro para crianças a partir de uma determinada idade.
  • Alimentos e produtos de higiene também precisam ser comprados com critério. Não se deixe levar apenas pelo preço baixo. Veja se há, na embalagem, o nome do fabricante, o endereço e o CNPJ dele. Descarte também os que estiverem em recipientes danificados. Essa é uma das muitas situações em que o barato pode sair muito caro, se houver danos à saúde.


Curiosidades
Os primeiros comércios de preço único chegaram ao Brasil logo depois da implantação do Plano Real, em 1994. Até então, com a inflação galopante, que chegou a 46,58% ao mês, em junho de 1994, era impossível pensar nesse tipo de loja, já que os preços aumentavam praticamente todos os dias.

Nos últimos anos, esse tipo de loja virou febre e se espalhou por todo o país. Dá para encontrar de tudo: utensílios domésticos, itens de decoração, papelaria, brinquedos, roupas, acessórios, lembrancinhas de todos os tipos e até alimentos e produtos de higiene.

Com a abertura das portas do mercado brasileiro para os produtos importados, essas lojas passaram a oferecer não apenas bens nacionais, mas também uma grande quantidade de mercadorias de outros países a preços mais baixos.

Atualmente, muitas dessas lojas mudaram sua estratégia de marketing. E em vez de oferecerem tudo por R$ 1,99, anunciam seus produtos a preços a partir de R$ 1,99. É a deixa para que, entre os itens mais baratos, o consumidor encontre vários outros, com valores maiores que a oferta inicial.

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