Como organizar um almoço de Páscoa que não vai pesar no bolso

Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estimam que o período deverá movimentar R$ 2,1 bilhões no país

Um dos principais feriados religiosos do país, a Páscoa, é também uma oportunidade de reunir a família e expressar todo o carinho que se tem por ela, oferecendo um almoço bem caprichado. O que não significa, de maneira alguma, que ele precise ser caro.

Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estimam que o período deverá movimentar R$ 2,1 bilhões no país. Ou seja, além dos gastos com os famosos ovos de chocolate, você precisará desembolsar uma certa quantia para reunir a família. Para que não seja necessário estourar o orçamento fique atento a essas dicas.

Basta, apenas, que não falte um ingrediente fundamental no preparo: criatividade!

Quem disse que bacalhau é obrigatório?

A chef de cozinha e professora de gastronomia Nana Sguilla lembra que a tradição católica recomenda a abstinência de carne vermelha na Páscoa e no período que a antecede, a Quaresma. “Mas em nenhum lugar está escrito que se deve consumir bacalhau”, diz ela. “Este hábito foi introduzido pelos portugueses e seu custo é cada vez mais salgado”.

Para os que querem seguir a tradição e evitar a carne na Sexta-Feira Santa e no domingo de Páscoa, Nana sugere uma travessa de sardinha escabeche ou mesmo um cação ensopado. Juliana Rossi Di Croce, nutricionista da Clínica Equilíbrio Nutricional, propõe também o badejo, o linguado e a pescada. Mas quem não abre mão do gostinho de bacalhau ainda tem uma opção, segundo Nana. “Com lascas de pollock, um peixe tipo bacalhau, pode-se preparar um saboroso escondidinho que rende e agrada”.

Como acompanhamento, a nutricionista Juliana sugere três alternativas nutritivas e baratas: arroz integral com brócolis; batata cozida com tomate e cebola e farofa de couve. Para acompanhar um peixe assado, as sugestões de Nana são abobrinha, salada de folhas, suflê de espinafre, tomates recheados com ricota, arroz com lentilha ou mesmo uma salada de grão de bico e azeitonas fatiadas. Só esses acompanhamentos já valem elogios!

A economia começa na compra

“Nada como um peixe fresco”, diz a chef de cozinha Nana Sguilla. Do ponto de vista da economia, no entanto, o produto congelado pode ser mais vantajoso. Tanto em uma como em outra opção, pesquise bem em feiras livres e mercados; as variações de preço costumam ser bem altas, sobretudo próximo ao feriado. Se puder utilizar um alimento que já tem guardado no freezer, a economia será ainda maior.

Sem desperdício

E se depois da comemoração ainda sobrar peixe, nem pense em jogar fora!  “Você pode usar o peixe que sobrou para fazer um patê, misturando a um requeijão light, ou pode inclui-lo em uma torta com vegetais e farinha integral, numa omelete ou em bolinhos assados”, diz Juliana. Nana sugere aproveitar o peixe em um pirão ou escondidinho. “Mas o ideal é preparar o almoço sem exageros, para que não haja sobras”, diz.

Para isso, basta fazer um cálculo sobre o número de convidados. “Uns 200 gramas de peixe por pessoa, mais saladas e acompanhamentos, são mais do que suficientes para uma farta refeição”, afirma a chef de cozinha.

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