bastante provável que você já tenha ouvido falar ou já tenha contratado uma dessas modalidades de crédito. O crédito pessoal e o crédito direto ao consumidor (CDC) são as duas linhas de crédito para pessoas físicas mais populares no Brasil. Mas ambos são indicados para situações diferentes. “O crédito pessoal é recomendado para quem tem que cobrir uma despesa extra no orçamento ou um débito, enquanto o crédito direto ao consumidor é utilizado para a aquisição de bens ou serviços”, esclarece André Alvarenga Chede, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros.
Como funcionam
O crédito pessoal é oferecido pelos bancos, financeiras e cooperativas de crédito como empréstimo automático ou pré-aprovado, cujo limite é determinado de acordo com a sua renda e relacionamento com o banco. “Essa linha não está necessariamente ligada à compra de produtos. O consumidor recebe o dinheiro para usar livremente. O recurso é creditado na conta bancária ou pode ser liberado por meio de cheques pré-datados”, explica Chede.
Já o CDC é um tipo de financiamento realizado por uma rede de varejo que tenha convênio com um banco ou financeira. Seu objetivo é a compra de bens duráveis e serviços, como carros, eletrodomésticos e pagamento de convênios, por exemplo. “O CDC também pode ser usado para sair de um crédito mais caro, como cartão de crédito e cheque especial, pois, normalmente, ele tem uma taxa de juros mais baixa”, afirma o consultor financeiro Erasmo Vieira. Enquanto a taxa de juros média do CDC está entre 1% e 4% ao mês, variando de acordo com o valor do bem adquirido, no crédito pessoal a taxa média é de 3% a 7% ao mês.
Como escolher a sua
“As condições oferecidas pelo CDC são, na maioria das vezes, mais vantajosas do que as do crédito pessoal, pois o bem que está sendo adquirido é dado como garantia pelo empréstimo”, aponta o planejador financeiro André Chede. Em caso de atrasos ou falta de pagamento das parcelas, o bem pode ser tomado pela entidade que ofereceu o crédito. Contudo, em algumas situações, recorrer ao empréstimo pessoal pode ser um recurso útil, desde que seja avaliado previamente. “Avalie a taxa de juros e calcule se a prestação cabe dentro do orçamento mensal. Se for realmente necessário, financie o mínimo possível no menor prazo, para, assim, pagar menos juros”, orienta Erasmo Vieira.