Psicólogos costumam alertar o tempo todo sobre a autossabotagem, que nada mais é que um comportamento inconsciente de tentar se proteger do fracasso e evitar frustrações, geralmente movido por medo e insegurança. Isso impede que você desenvolva e cresça em várias áreas da vida, até mesmo a financeira.
E não adianta pensar que são fatores externos os únicos responsáveis por impedir que você realize sonhos, há também essa participação interna, você muitas vezes, sem perceber, tem atitudes, pensamentos e dúvidas que atrapalham você chegar onde deseja.
E como é uma prática inconsciente, pode ser que você nunca tenha reparado se faz esse tipo de coisa. Para perceber se você se você sofre disso, observe alguns “sintomas”:
- Comparar ou medir o próprio sucesso com o dos outros;
- Se achar impotente em qualquer situação;
- Se sentir vítima de tudo;
- Se culpar por tudo que acontece dentro e fora de você;
- Criticar em excesso você e as outras pessoas;
- Mentalizar os piores cenários.
Esses comportamentos afastam você dos objetivos e até levam a pensar que você é incapaz de alcançá-los. No cotidiano, por exemplo, vamos supor que você pretende juntar uma quantidade x de dinheiro para trocar de carro. Para isso, é necessário economizar, contudo, todos os dias após o trabalho, você resolve jantar fora, mesmo sabendo que isso vai estourar o orçamento. Os argumentos são: “estou cansado demais para cozinhar” ou “trabalhei muito”. Essas desculpas são formas de autossabotagem.
Não se sabotar nada mais é que ter consciência das suas atitudes e se livrar dos hábitos ruins. Além disso, recomenda-se trabalhar com pequenas vitórias. Se você precisa juntar R$ 50 mil para o carro novo, não foque apenas neste objetivo final, mas sim em novos hábitos que farão chegar neste objetivo.
Tente passar o mês sem criar novas dívidas no cartão de crédito ou fazer uma renda extra durante duas semanas que será uma parte para chegar aos R$ 50 mil. Você não conseguirá reunir esse dinheiro da noite para o dia, mas, aos poucos, conseguirá chegar se tiver costumes e pensamentos de acordo com essa meta.
Neste processo também é necessário contar com a autocrítica. Muitas vezes uma decisão que você toma frequentemente é uma autossabotagem e você nem sabe. Para isso, analise cada atitude que você tem e descubra os desdobramentos que ela causa nas suas finanças. Ao mesmo tempo, seja crítico o suficiente para saber que aquilo faz mal e que deve ser mudado.
Uma ajuda é fazer essa análise em um papel, escreva todos os seus medos, angústias e ideias, bem como ações do dia a dia. Quando se tem essa visualização, é possível enxergar melhor e perceber onde é possível fazer transformações.
Por fim, os erros do passado só servem como aprendizado. Não se culpe, por exemplo, por não ter guardado aquele dinheiro extra que recebeu há alguns anos. Não adianta, já foi, mas tenha em mente que se você receber um dinheiro extra agora, pode fazer diferente.