Renda média do brasileiro fica estável entre terceiro e quarto trimestre

25 das 27 unidades federativas não apresentaram variação significativa

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o rendimento médio dos trabalhadores brasileiros permaneceu estável entre o terceiro e o quarto trimestre do ano, ou seja, os dados permaneceram dentro da margem de erro da pesquisa. Isso faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

 

Os únicos estados que registraram queda significativa foi Roraima, com menos 7,7% e o Piauí, que diminuiu 5,8%. O último, inclusive, registra o menor rendimento do país, R$ 1.345. Já a maior renda é do Distrito Federal, que ficou em R$ 4.064.

A média nacional de todos os trabalhos fechou em R$ 2.340, no trimestre anterior ela tinha sido de R$ 2.317 e no mesmo período do ano anterior ela estava em R$ 2.332, o que confirma a estabilidade. 

Se for comparar com o quarto trimestre de 2018, a média também havia ficado estável em 25 das 27 unidades da federação. A diferença era que o Rio de Janeiro havia registrado uma elevação considerável de 5,1% e o Alagoas teve queda de 8,8%.

Outros dados da pesquisa

Entre as regiões, a maior renda registrada foi no Sudeste, a média de R$ 2.645, o Sul ficou em segundo lugar, com R$ 2.499. O Centro-Oeste registrou R$ 2.498 e os valores mais baixos ficaram no Nordeste, R$ 1.510 e no Norte R$ 1.601. A diferença entre essas duas últimas regiões e os demais ficou acima de R$ 1 mil.

A Pnad Contínua também revelou que quem tem ensino superior tem a renda média três vezes maior do que quem só tem o ensino médio. As pessoas que não têm formação nenhuma registraram o menor rendimento, R$ 918. Já os que têm o ensino fundamental completo recebem, em média, R$ 1.472. O ensino médio completo possibilita uma renda de R$ 1.788. Por fim, quem tem ensino superior registrou um rendimento de R$ 5.108.

Os dados revelaram traços de desigualdade. Pessoas pretas recebem 27,5% a menos que a média nacional. Enquanto a renda média de brancos é de R$ 2.999, a de pessoas pardas é de R$ 1.719 e pretas recebem R$ 1.673.

A discrepância também é vista entre homens e mulheres, eles recebem 28,7% a mais que elas. O rendimento médio mensal de todos os trabalhos dos homens é de R$ 2.555, contra R$ 1.985 das mulheres. A diferença entre os sexos no Norte e no Nordeste é menor, R$ 1.736 contra R$ 1.608 no primeiro e 1.683 contra R$ 1.456 no segundo. Já o Sul é a região com mais desigualdade, os homens recebem R$ 2.894 e as mulheres R$ 2.107.

Para medir a desigualdade, a pesquisa tem um indicador que varia de 0 (perfeita igualdade) até 1 (máxima concentração e desigualdade), o índice de Gini. Ele foi de 0,509 em 2019. Os menores foram registrados no Sul (0,451) e no Centro-Oeste (0,485). Já o Nordeste apresenta o maior índice (0,531).

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