A sustentabilidade nunca esteve tão na moda. Por causa disso, você já deve ter ouvido falar em consumo consciente. Mas sabe o que isso quer dizer? “O consumidor consciente pensa nas consequências positivas e negativas que a compra de um determinado produto ou serviço vão trazer não só no momento em que ele for usado, mas também depois, em médio e longo prazos”, explica Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu. Quem tem consciência pensa no impacto que aquele item consumido vai provocar na natureza, na economia, na sociedade, não só enquanto tiver utilidade, mas também após o descarte.
O consumidor consciente também é aquele que não pensa apenas na satisfação da sua necessidade, mas nas outras pessoas, nos animais, nas plantas, no planeta como um todo e no equilíbrio ambiental. Gostou dessa ideia e quer defendê-la também? Confira, a seguir, algumas dicas para se tornar um consumidor consciente.
- Pense duas vezes antes de comprar. E se pergunte se realmente precisa daquilo que está querendo adquirir. Em muitas situações, compramos apenas por impulso. E fazer compras sem necessidade, além de significar um gasto à toa, também implica em desperdiçar recursos do planeta. Já parou para pensar nisso?
- Planeje para não desperdiçar. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), 1,3 bilhão de toneladas de comida vão para o lixo todos os anos. Para evitar o desperdício, uma dica é fazer um planejamento semanal do que será consumido, montando um cardápio para o período, antes de fazer as compras no mercado.
- Use com cuidado o que comprou para que o produto dure mais tempo. E conserte sempre que possível, em vez de simplesmente jogar fora. Por outro lado, se enjoar, tente dar nova cara à peça. Um sofá, por exemplo, pode mudar completamente ao ser forrado com uma nova capa, um móvel pode ser pintado e uma roupa, reformada.
- Descarte do jeito certo. Se puder dar um outro destino a algo que não lhe serve mais, que não seja o lixo, vai ajudar o planeta e o meio ambiente. Produtos em bom estado como móveis, roupas, objetos de decoração e eletrodomésticos podem ser doados para instituições de caridade ou para alguém próximo a você que esteja precisando. Porém, se já não tiverem mais utilidade, aí será preciso jogar no lixo correto. Separe orgânicos de materiais recicláveis. Além disso, óleo de cozinha, pilhas, baterias, remédios e cosméticos não devem ir para o lixo comum, pois podem contaminar o solo e a água. Atualmente, supermercados, postos de gasolina e lojas têm contêineres para descarte desse tipo de produto.
- Compre produtos de boa procedência. Na hora de adquirir qualquer item, tente se informar sobre a empresa que o produziu, que tipo de matéria-prima foi utilizada, se ela é reciclada ou reciclável, se a empresa tem alguma política ambiental ou se faz testes em animais, por exemplo. Tudo isso pode pesar na hora de decidir entre uma marca e outra.
Fontes consultadas: André Massaro, educador financeiro; Alessandro Azzoni, consultor ambiental e economista e Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu.
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