Você já ouviu falar em Síndrome de Borderline?

Síndrome acomete de 1,7 a 3% na população em geral

A Síndrome de Borderline é um transtorno mental marcado por mudanças no humor, comportamento, auto imagem e funcionamento. Pessoas com esse transtorno apresentam episódios de raiva, tristeza, impulsividade que geralmente duram algumas horas.

Segundo especialistas, alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno, dentre eles, traumas na infância, como abusos, mortes de pessoas próximas ou qualquer coisa que possa afetar o desenvolvimento psicológico da criança.

Para entender melhor, conversamos com a psicóloga clínica Ingrid Fernandes, que é também terapeuta corporal e junguiana. Confira:

Sintomas

Entre os sintomas, podemos destacar que essas pessoas tendem a se esforçarem para evitar o abandono real ou imaginário, não suportam ficarem sozinhas ou se sentirem rejeitadas ou sem apoio.

Eles seguem um padrão de relações intensas e conturbadas, sejam relações amorosas, entre amigos ou familiares. Outra características são: impulsividade; auto-imagem distorcida; baixa autoestima; comportamentos suicidas; comportamentos autodestrutivos; sentimentos recorrentes de vazio e solidão.

A psicóloga explica que a característica principal do transtorno é a intensidade. “É uma gangorra, muito feliz, muito triste, tudo muito. É uma gangorra que exige muita energia psíquica”, diz Ingrid.

Diagnóstico e tratamento

Segundo a terapeuta, o diagnóstico é difícil porque muitas vezes o borderline é confundido com outros transtornos de humor.

“Precisa-se de um tempo para observar se é de fato o borderline, porque ele é muito intenso, quem tem essa configuração, quem desenvolveu borderline são pacientes que a gente também chama de limítrofes, muito intensos, muito extremos, quando não é 8 é 80, uma oscilação de humor muito frequente, que é muito confundido, por exemplo, com bipolaridade. Então o diagnóstico, ele é muito delicado”, esclarece a psicóloga.

A psicóloga deixa claro como funciona o trabalho de investigação do transtorno. “É perceber o que acontece com essa pessoa, o que está dizendo essa oscilação. É uma tentativa muito frequente de fuga muitas vezes, de ir de um extremo para outro, ir de um estado para outro, nunca se equilibra, nunca está satisfeito”, afirma.

Depois de diagnosticado, é necessário que o paciente faça um acompanhamento psicológico. “Quem vai ter esse olhar analítico vai ser o psicólogo. No caso do Borderline especificamente, o que é recomendado é o acompanhamento semanal psicológico e o acompanhamento psiquiátrico também”, expõe a terapeuta.

Por fim, Ingrid destaca a importância do cuidado com a saúde. “É preciso ter um olhar para perceber o que é que aquela doença, seja mental ou física, está comunicando, que sofrimento é esse, o que é que precisa simbolizar”. Por isso, procure sempre um profissional que vai te ajudar a lidar com síndromes da melhor forma possível.

Tags: qualidade de vida saúde

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